Setembro 2025 vol. 13 num. 1 - 12º Congresso Internacional de Design da Informação
CIDI 2025 - Open Access.
Triângulo Rosa: vestígios de uma memória gráfica LGBTIAPN+.
The pink triangle: traces of an LGBTIAPN+ graphic memory.
Altmayer, Guilherme ; Mercante, Maria Clara Braga de Oliveira ; Lopes, Larissa ;
CIDI 2025:
Este artigo investiga práticas de memória gráfica LGBTIAPN+ a partir do triângulo rosa como símbolo gráfico utilizado por movimentos dissidentes sexuais e de gênero. O objetivo é compreender as maneiras como essa forma geométrica, usado pelo regime nazista para identificar prisioneiros em campos de concentração, foi apropriada e transformada em emblema de resistência nos EUA, Europa e, posteriormente, no Brasil, a partir da década de 1970. A metodologia inclui levantamento bibliográfico e imagético inédito de vestígios e aparições digitais do triângulo rosa em acervos e práticas de arquivo - em diferentes contextos e suportes. Os resultados revelam uma memória gráfica transnacional, fragmentada e em constante mutação, como tática de lutas políticas LGBTIAPN+. O estudo contribui para expandir o campo da memória gráfica LGBTIAPN+ e genealogia de movimentos políticos dissidentes a partir de seus vestígios gráficos.
CIDI 2025:
This article investigates LGBTIAPN+ graphic memory practices based on the pink triangle as a graphic symbol used by sexual and gender dissident movements. The aim is to understand the ways in which this geometric shape, used by the Nazi regime to identify prisoners in concentration camps, was appropriated and transformed into an emblem of resistance in the US, Europe and, later, Brazil, from the 1970s onwards. The methodology includes a bibliographic and digital image survey of traces and appearances of the pink triangle in collections and unorthodox archival practices - in different contexts and media. The results reveal a transnational, fragmented and constantly changing graphic memory as a tactic of queer political struggles. The study contributes to expanding the field of LGBTIAPN+ graphic memory and the genealogy of dissident political movements based on their graphic traces.
Palavras-chave: memória gráfica, queer, triângulo rosa, design,
Palavras-chave: graphic memory, queer, pink triangle, design,
DOI: 10.5151/cidi2025-1089141
Referências bibliográficas
- [1] Altmayer, G. (2022). Tropicuir: Estético-políticas transviadas – memória, arquivo, design. Ed. PUC-Rio – Numa Editora. https://doi.org/10.5151/designpro-CIDI2015-cidi_93
- [2] Arquivo Legião. (2021, September 17). Renato Russo e o Triângulo Cor de Rosa Usado Pelos Nazismo. YouTube. https://youtu.be/sitDmZhon50?si=en8o63Zel8BVOTrE
- [3] Campbell, A. (2019). Queer X Design: 50 Years of Signs, Symbols, Banners, Logos, and Graphic Art. Black Dog & Leventhal Publishers.
- [4] Delgado, L. de A. N. (2009). História oral e narrativa: Tempo, memória e identidades. História Oral, 6. https://doi.org/10.51880/ho.v6i0.62
- [5] Elman, R. (1996). Triangles and tribulations: The politics of Nazi symbols. Journal of Homosexuality, 30(3), 1-11. https://doi.org/10.1300/J082v30n03_01
- [6] Farias, P. L., & Braga, M. da C. (2018). O que é memória gráfica? Dez ensaios sobre memória gráfica. Blucher.
- [7] Fonseca, L. P. (2021). Memória gráfica brasileira. CHAPON - Cadernos de Design/Centro de Artes da UFPEL, 2, 6-24.
- [8] Green, J. N. (2019). Além do carnaval: A homossexualidade masculina no Brasil do século XX (C. Fino & C. A. Leite, Trads.). Editora Unesp.
- [9] Halbwachs, M. (1990). A memória coletiva. Editora Revista dos Tribunais Ltda.
- [10] Jensen, Erik N. (2002). The Pink Triangle and Political Consciousness: Gays, Lesbians, and the Memory of Nazi Persecution. Journal of the History of Sexuality
- [11] Bittencourt, F (1978). Lembrando o triângulo rosa. Jornal O Lampião da Esquina - abril 1978.https://cedoc.grupodignidade.org.br/jornal-lampiao-da-esquina-1978-1981/0-ed-jornal-lampiao-d a-esquina-abril-1978/
- [12] Lobo, R. S. (2022) A reversão semiótica do Triângulo rosa como objeto dramatúrgico experimental e performático. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Goiás.
- [13] Liddington, J. (2011). O que é história pública? In J. R. de Almeida, M. G. O. Rovai. Introdução à história pública / Juniele Rabelo de Almeida, Marta Gouveia de Oliveira Rovai (Ed.). Letra e Voz.
- [14] Newsome, W. Jake (2022). Pink Triangle Legacies: Coming Out in the Shadow of the Holocaust. Cornell University Press. https://www.jstor.org/stable/10.7591/j.ctv20t0zf3
- [15] Nora, P. (1993). Entre memória e história: A problemática dos lugares (Y. A. Khoury, Trad.). Projeto História, 10, 7-28. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
- [16] Nora, P. (2008). Los lugares de la memoria. Ediciones Trilce.
- [17] Portinari, D. (2017). Queerizar o design. Revista Arcos Design Rio de Janeiro, 10(1). https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/arcosdesign/article/view/30937
- [18] Preciado, P. (2010). Transfeminismo y micropolíticas del género en la era farmacopornográfica. Revista Ramona, 99. https://ahira.com.ar/ejemplares/ramona-no-99/
- [19] Rorholm, M., & Gambrell, K. (2019). The Pink Triangle as an interruptive symbol. Journal of Hate Studies, 15(1), 63. https://doi.org/10.33972/jhs.162
- [20] Setterington, K. (2017). Marcados pelo Triângulo Rosa. Editora Melhoramentos.
- [21] Sobral, T. F. (2019). Movimentos homossexuais no Jornal Lampião da Esquina (1978-1981) [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia]. Sociedade Brasileira de Design da Informação (SBDI). (2020). Definições de design da informação. https://sbdi.org.br/definicoes/
Como citar:
Altmayer, Guilherme; Mercante, Maria Clara Braga de Oliveira; Lopes, Larissa; "Triângulo Rosa: vestígios de uma memória gráfica LGBTIAPN+.", p. 1102-1116 . In: .
São Paulo: Blucher,
2025.
ISSN 2318-6968,
DOI 10.5151/cidi2025-1089141
últimos 30 dias | último ano | desde a publicação
downloads
visualizações
indexações