TRADE-OFF NEOPENTECOSTAL: TEORIA DA PROSPERIDADE, CAPITAL ESPIRITUAL E MOBILIDADE SOCIAL. A “NOVA” CLASSE MÉDIA EMPREENDEDORA?

TRADE-OFF NEOPENTECOSTAL: TEORIA DA PROSPERIDADE, CAPITAL ESPIRITUAL E MOBILIDADE SOCIAL. A “NOVA” CLASSE MÉDIA EMPREENDEDORA?

BERTANI, Silvia Mara Novaes Sousa; BÓGUS, Lúcia

Artigo:

Na primeira década do século XXI a expressão “nova” classe média impôs-se como um dos temas mais debatidos no campo da sociologia, envolvendo acadêmicos, políticos, empresários e a sociedade. A expressão, historicamente, tem sentido no contexto de uma relação de classe definida pela classe trabalhadora e pela classe capitalista. A controvérsia da(s) classe(s) média(s) está na tendência da evitar ser identificada com as classes mais baixas e, seu fracasso, em não equiparar-se à classe dominante. Com implicações perceptíveis, a temática remete para a discussão sobre as controvérsias que se estabeleceram na sociedade e os limites da realidade de fato e a veracidade da cena da(s) classe(s) média(s). Essa situação da(s) classe(s) média(s) muda, entretanto, com a ascensão de uma “nova” classe média: a empreendedora. Questionam-se, assim, os impactos da “nova” classe, a classe média empreendedora e o papel dos neopentecostais dizimistas que se vinculam a teoria da prosperidade. Em concreto, o que se busca é compreender como a “nova” classe média empreendedora se constituiu pressupondo-a como indicador da ascensão à “nova” classe do grupo neopentecostal obtentor do capital espiritual a ele devido por direito e decorrente da prática dizimista.

Na primeira década do século XXI a expressão “nova” classe média impôs-se como um dos temas mais debatidos no campo da sociologia, envolvendo acadêmicos, políticos, empresários e a sociedade. A expressão, historicamente, tem sentido no contexto de uma relação de classe definida pela classe trabalhadora e pela classe capitalista. A controvérsia da(s) classe(s) média(s) está na tendência da evitar ser identificada com as classes mais baixas e, seu fracasso, em não equiparar-se à classe dominante. Com implicações perceptíveis, a temática remete para a discussão sobre as controvérsias que se estabeleceram na sociedade e os limites da realidade de fato e a veracidade da cena da(s) classe(s) média(s). Essa situação da(s) classe(s) média(s) muda, entretanto, com a ascensão de uma “nova” classe média: a empreendedora. Questionam-se, assim, os impactos da “nova” classe, a classe média empreendedora e o papel dos neopentecostais dizimistas que se vinculam a teoria da prosperidade. Em concreto, o que se busca é compreender como a “nova” classe média empreendedora se constituiu pressupondo-a como indicador da ascensão à “nova” classe do grupo neopentecostal obtentor do capital espiritual a ele devido por direito e decorrente da prática dizimista.

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/sosci-xisepech-g12_61

Referências bibliográficas

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Como citar:

BERTANI, Silvia Mara Novaes Sousa; BÓGUS, Lúcia; "TRADE-OFF NEOPENTECOSTAL: TEORIA DA PROSPERIDADE, CAPITAL ESPIRITUAL E MOBILIDADE SOCIAL. A “NOVA” CLASSE MÉDIA EMPREENDEDORA?", p-1108-1116. In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 23592990, DOI 10.5151/sosci-xisepech-g12_61