Resumo:

As árvores urbanas constituem uma fonte potencial de madeira para diversos usos, partindo de uma premissa que me é fundamental: a de que “não existe madeira ruim, o que existe é madeira mal empregada”. Sendo assim, pretende-se discutir como a diversidade de árvores urbanas poderia implementar o trabalho de marceneiros, artesãos, designers, arquitetos, pequenas indústrias, entre outros, evitando o desperdício de um material de boa qualidade, por vezes nobre, que acaba por ser descartado, queimado ou alimentando a epidemia de cupins urbanos nas cidades. Para que esse aproveitamento ocorra é importante se conhecer a diversidade das espécies, conceitos fundamentais de anatomia da madeira, algumas propriedades físicas e mecânicas e que haja mudanças nas práticas e procedimentos de poda e atendimento à queda de árvores, bem como um melhor manejo urbano, como o planejamento da remoção de árvores velhas, com alto risco de queda. Além disso, é necessário haver alguns ajustes legais, na cadeia produtiva e de descarte. Serão abordados neste trabalho diversos destes aspectos, visando um uso racional e sustentável das árvores urbanas.