MEMÓRIAS E NARRATIVAS HÍBRIDAS NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

MEMÓRIAS E NARRATIVAS HÍBRIDAS NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

COSTA, Wendell Marcel Alves da; COSTA, Maria Helena Braga e Vaz da

Artigo:

Este trabalho tem por objetivo compreender como são construídas as memórias a respeito de uma cidade brasileira – Ceilândia-DF – tendo como base a produção e representação cinematográfica através da narrativa do espaço urbano. Parte-se aqui do princípio que as narrativas da cidade de Ceilândia nos filmes brasileiros, A Cidade é uma Só (2012) e Branco Sai, Preto Fica (2015), ambos do cineasta Adirley Queirós, são híbridas. Assim, privilegiaremos a análise desses dois filmes como dispositivos híbridos que abarcam duas formas narrativas: ficcional e documental. Os filmes analisados propiciam discussões acerca das dualidades entre periferia/cidade, poder/empoderamento e história cultural/memórias afetivas; questões que envolvem a apropriação do espaço da cidade e seus efeitos de deslocamentos e as construções das narrativas que dão margem a uma interpretação do discurso fílmico sobre os movimentos espaciais da região de Ceilândia.

Este trabalho tem por objetivo compreender como são construídas as memórias a respeito de uma cidade brasileira – Ceilândia-DF – tendo como base a produção e representação cinematográfica através da narrativa do espaço urbano. Parte-se aqui do princípio que as narrativas da cidade de Ceilândia nos filmes brasileiros, A Cidade é uma Só (2012) e Branco Sai, Preto Fica (2015), ambos do cineasta Adirley Queirós, são híbridas. Assim, privilegiaremos a análise desses dois filmes como dispositivos híbridos que abarcam duas formas narrativas: ficcional e documental. Os filmes analisados propiciam discussões acerca das dualidades entre periferia/cidade, poder/empoderamento e história cultural/memórias afetivas; questões que envolvem a apropriação do espaço da cidade e seus efeitos de deslocamentos e as construções das narrativas que dão margem a uma interpretação do discurso fílmico sobre os movimentos espaciais da região de Ceilândia.

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/sosci-xisepech-gt13_311

Referências bibliográficas

• [1] ABREU, Maurício de Almeida. Sobre a memória das cidades. Revista da Faculdade de Letras – Geografia I série, vol. XIV, Porto, p. 77-97, 1998.
• [2] BARBOSA, André Antônio. PRYSTHON, Angela. Uma política do passado: a história em Benjamin, a memória em Bergson. Revista Fronteiras – estudos midiáticos, 15 (1): 3-12, jan./abr., 2013.
• [3] COSTA, Maria Helena B. V. Social and Cinematic Landscape in Neighbouring Sounds.Mercator, Fortaleza, v. 14, n. 3, p. 27-43, set./dez., 2015a.
• [4] COSTA, Maria Helena B. V. Space, Time, Cinema and Cultural Geography: The Contemporary Brazilian Cinematic City. InternationalJournalofArts&Sciences, 08 (07): 97-114, 2015b.
• [5] COSTA, Maria Helena B. V. Imagens e narrativas da violência: o cinema, o espetáculo e a perspectiva pós-moderna. In: FREIRE-MEDEIROS, Bianca e COSTA, Maria Helena Braga e Vaz (Orgs.). Imagens Marginais. Natal: EDUFRN, 2006, pp. 131 – 146.
• [6] DUTRA, Rogéria Campos de Almeida. RIBEIRO, Nádia Oliveira Vizotto. A Antropologia Urbana no Brasil. Teoria e Cultura, Juiz de Fora, v. 8, n.1, p. 127-138, jan./jun., 2013.
• [7] FRANÇA, Andréa. Imagens de itinerância no cinema brasileiro. In: FRANÇA, Andréa e LOPES, Denilson (Orgs.). Cinema, globalização e interculturalidade. Santa Catarina: Argos, 2010, pp. 219 – 242.
• [8] FREITAS, Cristiane. Da memória ao cinema. Logos – Comunicação e Universidade, v. 4, n.2, p. 16-19, 1997.
• [9] FURTADO, Beatriz. Das sobrevivências que queimam. In: BRANDÃO, Alessandra e LIRA, Ramayana (Orgs.). A sobrevivência das imagens. Campinas: Papirus, 2015, pp. 77 – 86.
• [10] GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar. Escrever. Esquecer. São Paulo: Editora H34, 2006.
• [11] GARCÍA CANCLINI, Néstor. Culturas Híbridas: Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
• [12] HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003.
• [13] LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Rio de Janeiro: Edições 70, 1960.
• [14] LIPOVETSKY, Gilles. A Estetização do Mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
• [15] MARKS, Laura U. A memória das coisas. In: FRANÇA, Andréa e LOPES, Denilson (Orgs.). Cinema, globalização e interculturalidade. Santa Catarina: Argos, 2010, pp. 309 – 344.
• [16] MESQUITA, Cláudia. Drama e documento, atualidade e história no cinema brasileiro contemporâneo. In: BRANDÃO, Alessandra e LIRA, Ramayana (Orgs.). A sobrevivência das imagens. Campinas: Papirus, 2015, pp. 63 – 76.
• [17] POLLACK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.
• [18] STAM, Robert. Para além do Terceiro Cinema: estéticas do hibridismo. In: FRANÇA, Andréa e LOPES, Denilson (Orgs.). Cinema, globalização e interculturalidade. Santa Catarina: Argos, 2010, pp. 111 – 136.

Como citar:

COSTA, Wendell Marcel Alves da; COSTA, Maria Helena Braga e Vaz da; "MEMÓRIAS E NARRATIVAS HÍBRIDAS NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO", p-1296-1306. In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 23592990, DOI 10.5151/sosci-xisepech-gt13_311