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MEMÓRIA E IDENTIDADES NIPO-BRASILEIRAS: A LINGUAGEM DOS MANGÁS NA CONSTITUIÇÃO DA MEMÓRIA E DOS PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO
MEMÓRIA E IDENTIDADES NIPO-BRASILEIRAS: A LINGUAGEM DOS MANGÁS NA CONSTITUIÇÃO DA MEMÓRIA E DOS PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO
NAKAMURA, Mariany Toiyama; CRIPPA, Giulia
Artigo:
O termo mangá designa os quadrinhos japoneses e popularizou-se no século XX por meio do empenho do desenhista Rakuten Kitazawa em evidenciá-lo e fazer com que ganhasse espaço. Presentes na rotina japonesa, os quadrinhos japoneses chegaram ao Brasil pelas mãos dos primeiros imigrantes à bordo do Kasato Maru em 1908 como forma de preservar um pouco de sua cultura em solo estrangeiro e ferramenta de manutenção da memória e contato permanente com a língua materna atuando mais tarde como instrumento de atualização entre os nikkeis. Apenas a partir da década de 1970, quando o Japão firmou-se economicamente e iniciou sua projeção no Ocidente o mangá veio a fazer parte de nosso cotidiano desencadeando entre nipo-brasileiros processos de construção de uma memória composta não apenas pelas narrativas de avós e pais, mas também pela linguagem dos mangás, entre outros aspectos da cultura pop japonesa. Posteriormente febre entre os brasileiros, os quadrinhos e a estética japonesa permitiram, por meio do engajamento com as tecnologias de informação e comunicação e o advento da internet, promover processos de identificação que independem de etnia e que têm encontrado solo fértil que se estende ao campo da pesquisa.
O termo mangá designa os quadrinhos japoneses e popularizou-se no século XX por meio do empenho do desenhista Rakuten Kitazawa em evidenciá-lo e fazer com que ganhasse espaço. Presentes na rotina japonesa, os quadrinhos japoneses chegaram ao Brasil pelas mãos dos primeiros imigrantes à bordo do Kasato Maru em 1908 como forma de preservar um pouco de sua cultura em solo estrangeiro e ferramenta de manutenção da memória e contato permanente com a língua materna atuando mais tarde como instrumento de atualização entre os nikkeis. Apenas a partir da década de 1970, quando o Japão firmou-se economicamente e iniciou sua projeção no Ocidente o mangá veio a fazer parte de nosso cotidiano desencadeando entre nipo-brasileiros processos de construção de uma memória composta não apenas pelas narrativas de avós e pais, mas também pela linguagem dos mangás, entre outros aspectos da cultura pop japonesa. Posteriormente febre entre os brasileiros, os quadrinhos e a estética japonesa permitiram, por meio do engajamento com as tecnologias de informação e comunicação e o advento da internet, promover processos de identificação que independem de etnia e que têm encontrado solo fértil que se estende ao campo da pesquisa.
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/sosci-xisepech-gt1_208
Referências bibliográficas
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Como citar:
NAKAMURA, Mariany Toiyama; CRIPPA, Giulia; "MEMÓRIA E IDENTIDADES NIPO-BRASILEIRAS: A LINGUAGEM DOS MANGÁS NA CONSTITUIÇÃO DA MEMÓRIA E DOS PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO", p-89-98.
In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2].
São Paulo: Blucher,
2016.
ISSN 23592990,
DOI 10.5151/sosci-xisepech-gt1_208
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Mariany Toiyama NAKAMURA, Giulia CRIPPA, MEMÓRIA E IDENTIDADES NIPO-BRASILEIRAS: A LINGUAGEM DOS MANGÁS NA CONSTITUIÇÃO DA MEMÓRIA E DOS PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO, Blucher Social Sciences Proceedings, Volume 2, 2016, Pages 89-98, ISSN 23592990, http://dx.doi.org/10.5151/sosci-xisepech-gt1_208 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/memria-e-identidades-nipo-brasileiras-a-linguagem-dos-mangs-na-constituio-da-memria-e-dos-processos-de-identificao-23555) Palavras-chave:: ;