JUSTIÇA TRANSICIONAL NO CHILE PÓS-DITADURA MILITAR: A QUES-TÃO DA IMPUNIDADE NA LITERATURA DE ROBERTO BOLAÑO

JUSTIÇA TRANSICIONAL NO CHILE PÓS-DITADURA MILITAR: A QUES-TÃO DA IMPUNIDADE NA LITERATURA DE ROBERTO BOLAÑO

MARTINS, Marcela Vieira; FERREIRA, André Lopes

Artigo:

O intuito do presente trabalho é realizar uma investigação histórica sobre o tema da impunidade no Chile pós- ditadura militar. A sociedade chilena, além do desafio de realizar a transição para a democracia, teve que lidar com a questão da violação dos direitos humanos durante os mais de vinte anos de ditadura. O Chile enfrentou um longo e violento regime de exceção de 1973 até 1990, com o número de torturados e assassinados chegando aos milhares. A quantidade de exilados também foi altíssima chegando a 20.000 até 1983. Roberto Bolaño Ávalos foi um desses exilados. O escritor chileno foi preso logo após o golpe militar e decidiu se exilar na Espanha, país no qual trabalhou em pequenos empregos e desenvolveu ativi-dade como poeta e escritor de romances, ressaltando que só teve reconhecimento pelo seu trabalho na literatura no fim de sua vida. Nesse estudo partimos da hipótese de que dois livros escritor por Roberto Bola-ño, La literatura nazi em América e Estrella distante, ambos de 1996, podem ser obje-tos de estudo para analisar a transição chilena à democracia e as questões que permea-ram essa transição, como o direito à justiça e à verdade, a memória pessoal e coletiva e, especialmente, a impunidade.

O intuito do presente trabalho é realizar uma investigação histórica sobre o tema da impunidade no Chile pós- ditadura militar. A sociedade chilena, além do desafio de realizar a transição para a democracia, teve que lidar com a questão da violação dos direitos humanos durante os mais de vinte anos de ditadura. O Chile enfrentou um longo e violento regime de exceção de 1973 até 1990, com o número de torturados e assassinados chegando aos milhares. A quantidade de exilados também foi altíssima chegando a 20.000 até 1983. Roberto Bolaño Ávalos foi um desses exilados. O escritor chileno foi preso logo após o golpe militar e decidiu se exilar na Espanha, país no qual trabalhou em pequenos empregos e desenvolveu ativi-dade como poeta e escritor de romances, ressaltando que só teve reconhecimento pelo seu trabalho na literatura no fim de sua vida. Nesse estudo partimos da hipótese de que dois livros escritor por Roberto Bola-ño, La literatura nazi em América e Estrella distante, ambos de 1996, podem ser obje-tos de estudo para analisar a transição chilena à democracia e as questões que permea-ram essa transição, como o direito à justiça e à verdade, a memória pessoal e coletiva e, especialmente, a impunidade.

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/sosci-xisepech-gt9_268

Referências bibliográficas

• [1] ARRIAZA, Naomi Roth. A necessidade de reconstrução moral frente às violações de direitos humanos cometidas no passado: uma entrevista com José Zalaquett. In: REÁ-TEGUI, F. (Org). Justiça de transição: manual para a América Latina. Brasília: Ministério da justiça, 2011. p. 171-189.
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Como citar:

MARTINS, Marcela Vieira; FERREIRA, André Lopes; "JUSTIÇA TRANSICIONAL NO CHILE PÓS-DITADURA MILITAR: A QUES-TÃO DA IMPUNIDADE NA LITERATURA DE ROBERTO BOLAÑO", p-908-914. In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 23592990, DOI 10.5151/sosci-xisepech-gt9_268