Setembro 2016 vol. 2 num. 4 - XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas

Artigo - Open Access.

Idioma principal

CLASSE MÉDIA, CLASSE TRABALHADORA E PRECARIADO: ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSÃO TEÓRICA DAS CLASSES SOCIAIS.

ALMADA, Pablo ;

Artigo:

Desde os anos 1970, a definição teórica das classes médias tem sido um importante conceito para compreender as transformações de classe no interior das sociedades capitalistas. Atualmente, trata-se de um ponto de tensão entre varias vertentes de analise de classe que, basicamente, ou partem das analises sobre o trabalho (vertente marxista), ou partem das analises sobre o mercado (vertente weberiana) ou são sustentadas por analises de rendas. Constitui-se, portanto, um desafio explicativo para a sociologia, no que diz respeito as transformações das estruturas e estratificações de classe. Para isso, o presente artigo propõe revisar algumas das premissas que embasaram as formulações teóricas das classes médias e confrontá-la com a perspectiva de alargamento da classe trabalhadora e com as novas teorias sobre o precariado. Devido a heterogeneidade de abordagens, entende-se que a noção de exploração e luta de classes tem sido abandonada por algumas dessas vertentes, mas, questiona-se aqui a atualidade e pertinência desses conceitos para a compreensão das recentes transformações de classe.

Artigo:

Palavras-chave: Classes Sociais, Classe média, Classe Trabalhadora, Precariado, Análise de Classes.,

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/sosci-xisepech-gt12_190

Referências bibliográficas
  • [1] ALMADA, P. A Árvore de Maio: A resistência estudantil e sua atualidade (Brasil e Portugal). 2015. 395 f. Tese (Doutorado em Democracia no Século XXI) - Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2015.
  • [2] ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003.
  • [3] BENSAÏD, Daniel. Marx, o Intempestivo: Grandeza e misérias de uma aventura crítica (séculos XIX e XX). Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1999. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no Século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
  • [4] CASTEL, Robert. As metamorfoses das questão social: uma crônica do trabalho. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.
  • [5] CHAUVEL, Louis. Le Retour des Classes Sociales? Revue de l´OFCE, Octobre, 2001. ESTANQUE, Elísio. Entre a Fábrica e a Comunidade: Subjectividades e práticas de classe no operariado do calçado. Porto: Edições Afrontamento, 2000.
  • [6] MILIBAND, Ralph. Análise de Classes. In. GIDDENS, Antony. TURNER, Jonathan. Teoria Social Hoje. São Paulo: Editora Unesp, 1996, pp. 471-512.
  • [7] MILS, C. Wright. A nova classe média. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1976.
  • [8] PAUGAN, Serge. Le salarié de la precarité: les nouvelles formes de l´integration professionnelle. Paris: PUF, 2000.
  • [9] PORTES, Alejandro. HOFFMAN, Kelly. Las estructuras de clase en América Latina: composición y cambios durante la época neoliberal. Santiago: CEPAL-UN, 2003. POULANTZAS, Nicos. Classes in Contemporary Capitalism. London: NLB, 1976. SAES, Décio. Classe Média e políticas de classe (uma nota teórica). In: Contraponto, Ano 2, 2 novembro de 1977, pp. 96-102.
  • [10] STANDING, Guy. The Precariat: The New Dangerous Class. London: Bloomsbury, 2011.
  • [11] TRÓPIA, Patrícia. A inserção de classe dos assalariados não-manuais um debate com a bibliografia marxista. In: Cadernos CEMARX, 1, 2004, pp. 68-74
  • [12] WRIGHT, Erik Olin. (1989). Rethinking, once again, the concept of class structure. In: WRIGHT, Erik Olin. The Debate on Classes. London: Verso.
Como citar:

ALMADA, Pablo; "CLASSE MÉDIA, CLASSE TRABALHADORA E PRECARIADO: ELEMENTOS PARA UMA COMPREENSÃO TEÓRICA DAS CLASSES SOCIAIS.", p. 1158-1167 . In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 2359-2990, DOI 10.5151/sosci-xisepech-gt12_190

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações