A CONSTRUÇÃO DO ETHOS INDÍGENA POR JOSÉ DE ALENCAR

A CONSTRUÇÃO DO ETHOS INDÍGENA POR JOSÉ DE ALENCAR

SILVEIRA, Marcelo; SILVA, Vinícius Pimenta

Artigo:

Ao emitir um discurso, o orador premedita despertar no auditório uma imagem de si. Ainda pela mensagem extraída do discurso, o orador constrói uma imagem do referente da mensagem e do próprio. Ao analisar o discurso de José de Alencar, conheceremos um brasileiro construindo a imagem geral de sua nação, o que inclui a do indígena, em Iracema e em O guarani, obras da fase romântica de nossa literatura. Com base na Retórica Aristotélica, revisitada por Roland Barthes e Chaïm Perelman, nosso objetivo é analisar a construção do ethos do indígena do ponto de vista do fundador do romance de temática nacional, para conhecer a imagem que foi construída desse primeiro habitante do Brasil e sua consequente permanência na cultura brasileira até os dias atuais. Esta análise faz parte do projeto de pesquisa em ensino “Bilinguismo e a presença indígena na universidade: uma troca de saberes”, alocado na Universidade Estadual de Londrina, e dá prosseguimento à pesquisa que estuda a construção do ethos indígena pela literatura e mídia brasileiras e pelos indígenas. As primeiras análises enfocaram o Quinhentismo (Pero Vaz de Caminha, José de Anchieta e Antônio Vieira). O projeto culminará com a análise da construção do ethos indígena pela mídia e pelos indígenas.

Ao emitir um discurso, o orador premedita despertar no auditório uma imagem de si. Ainda pela mensagem extraída do discurso, o orador constrói uma imagem do referente da mensagem e do próprio. Ao analisar o discurso de José de Alencar, conheceremos um brasileiro construindo a imagem geral de sua nação, o que inclui a do indígena, em Iracema e em O guarani, obras da fase romântica de nossa literatura. Com base na Retórica Aristotélica, revisitada por Roland Barthes e Chaïm Perelman, nosso objetivo é analisar a construção do ethos do indígena do ponto de vista do fundador do romance de temática nacional, para conhecer a imagem que foi construída desse primeiro habitante do Brasil e sua consequente permanência na cultura brasileira até os dias atuais. Esta análise faz parte do projeto de pesquisa em ensino “Bilinguismo e a presença indígena na universidade: uma troca de saberes”, alocado na Universidade Estadual de Londrina, e dá prosseguimento à pesquisa que estuda a construção do ethos indígena pela literatura e mídia brasileiras e pelos indígenas. As primeiras análises enfocaram o Quinhentismo (Pero Vaz de Caminha, José de Anchieta e Antônio Vieira). O projeto culminará com a análise da construção do ethos indígena pela mídia e pelos indígenas.

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/sosci-xisepech-gt11_80

Referências bibliográficas

• [1] ALENCAR, José de. Iracema. 24. ed. São Paulo: Ática, 1991. (Bom Livro).
• [2] ______. O guarani. 20. ed., São Paulo: Ática, 1996 (Bom Livro).
• [3] ARISTÓTELES. Retórica. Livro II. In: MESQUITA, Antonio Pedro (Coord.). Obras completas. Retórica. v. VIII, tomo I. Prefácio e Introdução de Manuel Alexandre Jr.; tradução e notas de Manuel Alexandre Jr., Paulo Farmhouse e Abel do Nascimento Pena. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012, p. 83-170.
• [4] BARTHES, Roland. A retórica antiga. In: COHEN, Jean et al. Pesquisas de retórica. Tradução de Leda Pinto Mafra Iruzum. Petrópolis: Vozes, 1975, p. 147-225.
• [5] BROCA, Brito. Alencar: vida, obra e milagre. In: ______. Ensaios da mão canhestra. São Paulo: Polis, 1981. p. 161-176.
• [6] MARTINS, Eduardo Vieira. Breve notícia sobre a vida de José de Alencar. In: ALENCAR, José de. O Guarani. Apresentação e Notas de Eduardo Vieira Martins. 2. ed. Cotia: Ateliê Editorial, 2000. p. 34-42.
• [7] PERELMAN, Chaïm; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da Argumentação. A Nova Retórica. Tradução Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

Como citar:

SILVEIRA, Marcelo; SILVA, Vinícius Pimenta; "A CONSTRUÇÃO DO ETHOS INDÍGENA POR JOSÉ DE ALENCAR", p-1003-1010. In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 23592990, DOI 10.5151/sosci-xisepech-gt11_80