Revisão de Literatura:

"INTRODUÇÃO: O vitiligo é uma dermatose de etiologia desconhecida, crônica, quese apresenta como máculas resultantes da perda progressiva da pigmentaçãocutânea. Essa patologia acaba por exercer profundo impacto na vida dospacientes, uma vez que mais de 75% das pessoas afetadas podem apresentarautoimagem depreciativa, estigmatização de preconceito, estresse e sentimentode discriminação social. É fato que a doença apresenta pobreza de sintomas enão ameaça a integridade do paciente, logo, muitos médicos a consideram umaquestão estética, e infelizmente, negligenciam ou desqualificam o fatoremocional envolvido por essa  afecção. OBJETIVOS: Enfatizar os impactospsicológicos que o vitiligo pode acarretar na vida de portadores da doença,bem como a dificuldade do médico em reconhecer as abrangências emocionaisdessa morbidade. METÓDOS: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura decaráter descritivo a partir de dados em livros da área médica e dasplataformas eletrônicas Scielo e PubMed. RESULTADOS: O vitiligo é uma doençacaracterizada por manchas brancas em diferentes tamanhos de pigmentação. Nota-se que durante à consulta ao dermatologista, o fato mais significativo não sãoas manchas em si, que não causam nenhum prejuízo físico ou sintomas aopaciente, mas a interpretação que ele faz delas. A insegurança com as manchas,a sensação de transmitir uma imagem negativa para outras pessoas e a falta deautoconfiança culminam no estresse, inibição e vergonha, o que pode afetar orendimento do indivíduo no trabalho e nas relações sociais. Outro aspectorelevante é como a maioria dos médicos lidam com essa condição diante àsexpectativas dos pacientes. Trata-se o vitiligo como uma doença que não trazsérios prejuízos ao organismo, e por isso não se atentam aos demais fatoresenvolvidos, dentre eles os psicológicos e emocionais. Deste modo, oprofissional que lida com essa doença carrega um dever muito maior: darenfoque a um conjunto que integre corpo e mente. CONCLUSÃO: O vitiligo podeafetar a autoestima, promovendo o estresse, sentimentos de estigmatização ediscriminação, podendo surgir sofrimento psíquico importante e, inclusive,transtornos mentais. Diante disso, cabe aos médicos promoverem terapêutica queatenda as reais necessidades de cada paciente, identificando aquelesemocionalmente comprometidos e propondo uma abordagem multidisciplinar, queenvolva profissionais de psicologia, psiquiatria e outras especialidades,conforme necessário."