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Sublimação: um destino possível?

Sublimação: um destino possível?

Castiel, Sissi Vigil ;

Mesa:

A sublimação é o mecanismo psíquico postulado por Freud que explica as criações humanas no plano da cultura e parte da premissa de que a sexualidade estaria na origem desses processos, porque passaria por uma transformação devido a sua plasticidade. Assim, seria possível, através de uma simbolização, que ela desse origem às realizações humanas em outro campo que não o originariamente pretendido. Mesmo que tenha sido trabalhado por Freud do início ao fim de sua obra, segue até hoje contendo numerosos enigmas, por exemplo, que relações guarda com a sexualidade no que diz respeito ao desvio das metas sexuais para algo socialmente valorizado. O que se coloca em destaque na transformação dos desejos para que sejam aceitos socialmente é uma visão normativa do processo sublimatório como se ele fosse um conceito moral e, com isso, transforma-se em sinônimo de arte e de sublime e a dimensão de processo psíquico torna-se reduzida. Esses impasses resultaram que ela tenha, muitas vezes, sido deixada de lado, situando-se numa posição idealizada e, por isso mesmo, na ordem do impossível. E é indiscutivelmente interessante desde o ponto de vista da clínica retomar essa noção para abordar sua especificidade, bem como as diferenças de outros mecanismos psíquicos. Entendo que a positividade do processo sublimatório e função na clínica encontram-se relacionadas a ideia de um psiquismo funcionando em um nível simbólico e de abstração, capaz de uma transformação pulsional: diante da impossibilidade de satisfação do desejo, criar alternativas não diretamente sexuais, mas sem abrir mão de uma posição desejante. Assim, são esses aspectos que tentarei desenvolver, brevemente, nesta fala.

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A sublimação é o mecanismo psíquico postulado por Freud que explica as criações humanas no plano da cultura e parte da premissa de que a sexualidade estaria na origem desses processos, porque passaria por uma transformação devido a sua plasticidade. Assim, seria possível, através de uma simbolização, que ela desse origem às realizações humanas em outro campo que não o originariamente pretendido. Mesmo que tenha sido trabalhado por Freud do início ao fim de sua obra, segue até hoje contendo numerosos enigmas, por exemplo, que relações guarda com a sexualidade no que diz respeito ao desvio das metas sexuais para algo socialmente valorizado. O que se coloca em destaque na transformação dos desejos para que sejam aceitos socialmente é uma visão normativa do processo sublimatório como se ele fosse um conceito moral e, com isso, transforma-se em sinônimo de arte e de sublime e a dimensão de processo psíquico torna-se reduzida. Esses impasses resultaram que ela tenha, muitas vezes, sido deixada de lado, situando-se numa posição idealizada e, por isso mesmo, na ordem do impossível. E é indiscutivelmente interessante desde o ponto de vista da clínica retomar essa noção para abordar sua especificidade, bem como as diferenças de outros mecanismos psíquicos. Entendo que a positividade do processo sublimatório e função na clínica encontram-se relacionadas a ideia de um psiquismo funcionando em um nível simbólico e de abstração, capaz de uma transformação pulsional: diante da impossibilidade de satisfação do desejo, criar alternativas não diretamente sexuais, mas sem abrir mão de uma posição desejante. Assim, são esses aspectos que tentarei desenvolver, brevemente, nesta fala.

Palavras-chave: -,

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DOI: 10.5151/iisbsbpsp-10

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

Castiel, Sissi Vigil; "Sublimação: um destino possível?", p. 79-84 . In: Anais do II Simpósio Bienal da SBPSP. Fronteiras da Psicanálise: a clínica em movimento. São Paulo: Blucher, 2020.
ISSN 2359-2990, DOI 10.5151/iisbsbpsp-10

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