Outubro 2021 vol. 7 num. 2 - IV Congresso de Escolas Médicas

Trabalho Epidemiológico - Open Access.

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Sarampo no século XXI: doença erradicada ou nova epidemia?

Sarampo no século XXI: doença erradicada ou nova epidemia?

Caldas , Júlia Loyola ; Teles , Isabella Françoise ; Julião , Karoline Mariane ; Salazar , Geovanna Camargo ; Silva, Rafaela Lanusse Sousa ;

Trabalho Epidemiológico:

"INTRODUÇÃO: O sarampo já foi uma das principais causas de morbidade emortalidade na infância, principalmente nos menores de 1 ano de idade. Apesarda introdução da vacina contra o sarampo na década de 1960, ocorreram grandesepidemias no Brasil, como em 1986 com 129.942 casos. Assim, a extinção dadoença foi definida como meta prioritária em 1992 e após a Campanha Nacionalde Vacinação, houve uma redução de 81% no número de casos notificados e acobertura vacinal alcançou 96%. O sarampo deixou de ser epidemia no Brasil pormuitos anos, porém, percebe-se uma retomada dessa doença na conjuntura atual.OBJETIVOS: Discutir os possíveis motivos da epidemia de Sarampo, evidenciandoa sua prevalência na população brasileira. MÉTODOS: Trata-se de um estudoepidemiológico com base nos dados do Ministério da Saúde, do DATASUS e derevistas e artigos relacionando o desafio de vacinação com as taxas deepidemia de sarampo no Brasil. RESULTADOS: A incidência do vírus atingiuvalores próximos a zero na década de 90, a cobertura vacinal acima de 95%atuou como barreira para a circulação do vírus. No entanto, esse resultado decombate total ao vírus favoreceu a redução da imunização. De acordo com oMinistério da Saúde, no ano de 2018, foram registrados 10326 casos, quantidadesuperior aos obtidos 26 anos atrás. Dados preliminares de 2018 apontam que 49%dos municípios brasileiros não atingiram a meta de cobertura vacinal desarampo. Os dados são preocupantes nos estados com surto, como no Pará em que83,3% dos municípios não atingiram a meta; em Roraima 73,3% e no Amazonas 50%.Portanto, a realidade do Brasil atualmente evidencia um retrocesso diante deavanços conquistados no século passado, antes com elevada cobertura vacinal ehoje com declínio considerável. Pode-se fazer uma comparação com a queda daimunização infantil identificada a partir de 2016 que está relacionada aoenfraquecimento do Sistema Único de Saúde, a aspectos técnicos como aimplantação do novo sistema de informação de imunização e aspectos sociais eculturais que afetam a aceitação da vacinação. CONCLUSÕES: A atual situação deaumento da incidência de sarampo no Brasil é alarmante, repercutindo umcontexto no qual houve uma diminuição da cobertura vacinal. Logo, uma doençaque se apresentava em declínio, vivencia um aumento de episódios desde 2016.Faz-se necessária a aplicação de medidas que aumentem novamente a coberturavacinal contra o sarampo."

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DOI: 10.5151/cesmed2019-56

Referências bibliográficas
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Como citar:

Caldas , Júlia Loyola ; Teles , Isabella Françoise; Julião , Karoline Mariane; Salazar , Geovanna Camargo; Silva, Rafaela Lanusse Sousa; "Sarampo no século XXI: doença erradicada ou nova epidemia?", p. 540-541 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2019-56

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