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Roda de Conversa: Arranjo Disparador da Participação do Trabalhador na Implementação das Diretrizes da Política Nacional de Humanização no Ambiente Hospitalar
Roda de Conversa: Arranjo Disparador da Participação do Trabalhador na Implementação das Diretrizes da Política Nacional de Humanização no Ambiente Hospitalar
Pereira, Carlos Roberto Pinto; Thomazinho, Paula de Almeida; Castro, Adriana Miranda de
Resumo:
Introdução: a incorporação da Política Nacional de Humanização (PNH) como diretriz para a reestruturação da gestão e qualificação da atenção prestada em ambiente hospitalar apresenta inúmeros desafios. por constituir-se num conjunto de ações sobre diversas práticas em diferentes níveis de prestação de serviço e do próprio Sistema, prima por formar e fortalecer a construção coletiva de todos os atores envolvidos. o processo foi iniciado em uma unidade hospitalar com a dissolução do grupo técnico de humanização existente há alguns anos na instituição e a realização de oficinas de sensibilização e grupos de trabalho, que elencaram os dispositivos prioritários e com maior possibilidade de êxito para mobilizar a transformação institucional. Naquele momento, o foco do trabalho fixou-se na implantação de colegiados de gestão a fim de deslocar a deliberação sobre o cotidiano do trabalho do profissional médico e de fortalecer a construção de equipes multiprofissionais. Paralelamente, por iniciativa de um grupo de trabalhadores criou-se a Roda de Conversa, objetivando: ampliar a compreensão da PNH, acompanhar a efetividade e impacto das suas diretrizes no hospital e garantir um espaço aberto de reflexão crítica do trabalhador sobre a organicidade da humanização no dia-a-dia. Objetivo: Analisar a potência da Roda de Conversa como dispositivo de gestão participativa e de sustentabilidade da implementação das diretrizes da PNH no âmbito hospitalar. Método: Sistematização do funcionamento e análise das atas das reuniões da Roda de Conversa no período de 2011/ 2013, descrição do cenário macroestrutural do hospital, cotejamento das pautas e reflexões dos trabalhadores na Roda às deliberações da gestão da unidade e aos avanços e resistências identificados quanto à implantação dos dispositivos da PNH, notadamente o colegiado de gestão. Resultado: a Roda de Conversa sempre buscou ser espaço protegido para acolher o trabalhador e colocá-lo no protagonismo da gestão do trabalho, mas obteve significados diversos ao longo dos anos. Primeiro, caracterizou-se pela problematização do funcionamento dos colegiados e seus efeitos, da dificuldade em descentralizar o poder e coletivizar as decisões quanto ao trabalho, da reestruturação organizacional e das funções de gerências multiprofissionais e compartilhadas. a seguir vê-se um esfriamento do debate e a redução da participação, que levam à proposição da Roda como espaço de educação permanente sobre temáticas críticas da PNH no âmbito do hospital e boas práticas em humanização. Conclusão: Entende-se que a Roda mostrou-se ferramenta interessante no fortalecimento da decisão da gestão quanto à implantação da PNH: capilarizando o debate sobre o processo de trabalho, potencializando os trabalhadores na compreensão e participação dos colegiados de gestão, resistindo às tentativas de cooptação e desmonte do projeto de humanização e formando criticamente quanto aos princípios, método e diretrizes da PNH.
Introdução: a incorporação da Política Nacional de Humanização (PNH) como diretriz para a reestruturação da gestão e qualificação da atenção prestada em ambiente hospitalar apresenta inúmeros desafios. por constituir-se num conjunto de ações sobre diversas práticas em diferentes níveis de prestação de serviço e do próprio Sistema, prima por formar e fortalecer a construção coletiva de todos os atores envolvidos. o processo foi iniciado em uma unidade hospitalar com a dissolução do grupo técnico de humanização existente há alguns anos na instituição e a realização de oficinas de sensibilização e grupos de trabalho, que elencaram os dispositivos prioritários e com maior possibilidade de êxito para mobilizar a transformação institucional. Naquele momento, o foco do trabalho fixou-se na implantação de colegiados de gestão a fim de deslocar a deliberação sobre o cotidiano do trabalho do profissional médico e de fortalecer a construção de equipes multiprofissionais. Paralelamente, por iniciativa de um grupo de trabalhadores criou-se a Roda de Conversa, objetivando: ampliar a compreensão da PNH, acompanhar a efetividade e impacto das suas diretrizes no hospital e garantir um espaço aberto de reflexão crítica do trabalhador sobre a organicidade da humanização no dia-a-dia. Objetivo: Analisar a potência da Roda de Conversa como dispositivo de gestão participativa e de sustentabilidade da implementação das diretrizes da PNH no âmbito hospitalar. Método: Sistematização do funcionamento e análise das atas das reuniões da Roda de Conversa no período de 2011/ 2013, descrição do cenário macroestrutural do hospital, cotejamento das pautas e reflexões dos trabalhadores na Roda às deliberações da gestão da unidade e aos avanços e resistências identificados quanto à implantação dos dispositivos da PNH, notadamente o colegiado de gestão. Resultado: a Roda de Conversa sempre buscou ser espaço protegido para acolher o trabalhador e colocá-lo no protagonismo da gestão do trabalho, mas obteve significados diversos ao longo dos anos. Primeiro, caracterizou-se pela problematização do funcionamento dos colegiados e seus efeitos, da dificuldade em descentralizar o poder e coletivizar as decisões quanto ao trabalho, da reestruturação organizacional e das funções de gerências multiprofissionais e compartilhadas. a seguir vê-se um esfriamento do debate e a redução da participação, que levam à proposição da Roda como espaço de educação permanente sobre temáticas críticas da PNH no âmbito do hospital e boas práticas em humanização. Conclusão: Entende-se que a Roda mostrou-se ferramenta interessante no fortalecimento da decisão da gestão quanto à implantação da PNH: capilarizando o debate sobre o processo de trabalho, potencializando os trabalhadores na compreensão e participação dos colegiados de gestão, resistindo às tentativas de cooptação e desmonte do projeto de humanização e formando criticamente quanto aos princípios, método e diretrizes da PNH.
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/medpro-cihhs-10251
Como citar:
Pereira, Carlos Roberto Pinto; Thomazinho, Paula de Almeida; Adriana Castro; "Roda de Conversa: Arranjo Disparador da Participação do Trabalhador na Implementação das Diretrizes da Política Nacional de Humanização no Ambiente Hospitalar", p-33-33.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, vol.1, num.2].
São Paulo: Blucher,
2014.
ISSN 23577282,
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10251
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Carlos Roberto Pinto Pereira, Paula de Almeida Thomazinho, Adriana Miranda de Castro, Roda de Conversa: Arranjo Disparador da Participação do Trabalhador na Implementação das Diretrizes da Política Nacional de Humanização no Ambiente Hospitalar, Blucher Medical Proceedings, Volume 1, 2014, Pages 33-33, ISSN 23577282, http://dx.doi.org/10.5151/medpro-cihhs-10251 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/roda-de-conversa-arranjo-disparador-da-participao-do-trabalhador-na-implementao-das-diretrizes-da-poltica-nacional-de-humanizao-no-ambiente-hospitalar-9454) Palavras-chave:: ;