Dezembro 2022 vol. 8 num. 1 - X CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

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RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DE TERAPIA BIOLÓGICA PARA TRATAMENTO DE PSORÍASE DURANTE A GRAVIDEZ

RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DE TERAPIA BIOLÓGICA PARA TRATAMENTO DE PSORÍASE DURANTE A GRAVIDEZ

Costa, I. L. ; Souza, B. C. ; Silva, M. M. ; Roviello, V.D. ; Costa, A. C. ;

Artigo:

INTRODUÇÃO: Medicamentos imunobiológicos correspondem à moléculas de origem biológica que atuam bloqueando, neutralizando ou antagonizando alvos específicos da inflamação. À medida que a fisiopatogenia das doenças dermatológicas foi melhor compreendida, iniciou-se a busca pelos alvos responsáveis por desencadeá-las e, consequentemente, o desenvolvimento de terapias que atuassem nesses alvos. Dentre diversas doenças dermatológicas imunomediadas, a psoríase foi melhor esclarecida sendo descrita como uma hiperproliferação celular consequente do processo inflamatório mediado por células T. Isto, portanto, possibilitou o desenvolvimento e avanço das terapias imunobiológicas no tratamento da psoríase. Embora a eficácia e segurança desses medicamentos estejam bem documentadas, há escassez de dados sobre a segurança destas terapias em populações especiais, como nas gestantes. OBJETIVOS: Avaliar o uso de terapia biológica para o tratamento de Psoríase durante a gravidez e as principais recomendações através de uma revisão da literatura. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica e foram aplicados os descritores “Psoriasis”, “Pregnancy” e “Biological Therapy” no DeCS, os quais foram adicionados no MeSH com o operador booleano AND, na base de dados PubMed com filtro de cinco anos. Foram encontrados 33 artigos e, após a leitura, foi aplicado o critério de exclusão: fuga temática, totalizando 20 artigos. RESULTADOS / DISCUSSÃO: A partir da literatura acerca da terapia imunológica para psoríase, sabe-se que a molécula mais utilizada é a IgG1. Ela é composta por dois braços de Fab e uma cauda Fc, cujas moléculas desta última porção podem ser transportadas via transplacentária. Assim, o Certolizumabe pegol, um inibidor do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que não possui porção Fc e, não atravessando a barreira placentária, demonstra-se seguro na gestação. Contudo, observa-se que a subclassificação IgG também influencia no transporte placentário de modo que moléculas IgG1 são facilmente transferidas via placenta em relação às demais (IgG2, IgG3 e IgG4). Dentre os inibidores do TNF-α que possuem porção Fc e, portanto, transporte transplacentário, estão o adalimumabe, etanercepte, golimumabe e o infliximabe. Os inibidores da IL-12/23 e os da IL-17 também podem ser transmitidos. Todavia, faltam estudos que determinem o risco e a transmissibilidade fetal destas classes na gestação, com exceção do Certolizumabe pegol, que permaneceu ausente no sangue do neonato entre o pr¹imeiro e segundo mês, mostrando segurança e possibilitando seu uso na gravidez. A literatura relata a importância da orientação às gestantes com psoríase para que o tratamento com biológicos possa continuar durante o primeiro e segundo trimestre e, no terceiro trimestre, deve-se avaliar os riscos e os benefícios, individualizando cada caso. CONCLUSÃO: O manejo das gestantes com psoríase em uso de biológicos está em avanço e a literatura não traz evidências significativas. Dentre os medicamentos imunobiológicos aprovados no Brasil, apenas o uso de Certolizumabe pegol está liberado nas gestantes, mostrando segurança materno-fetal pela ausência de transferência transplacentária. Os demais anticorpos monoclonais não trazem essa evidência, mas sabe-se que a transferência das IgGs acontece a partir do terceiro trimestre. Portanto, o uso dessas terapias em gestantes deve ser individualizada abordando o perfil do paciente e a gravidade da psoríase. DESCRITORES: Psoríase, Gravidez, Terapia Biológica

Artigo:

INTRODUÇÃO: Medicamentos imunobiológicos correspondem à moléculas de origem biológica que atuam bloqueando, neutralizando ou antagonizando alvos específicos da inflamação. À medida que a fisiopatogenia das doenças dermatológicas foi melhor compreendida, iniciou-se a busca pelos alvos responsáveis por desencadeá-las e, consequentemente, o desenvolvimento de terapias que atuassem nesses alvos. Dentre diversas doenças dermatológicas imunomediadas, a psoríase foi melhor esclarecida sendo descrita como uma hiperproliferação celular consequente do processo inflamatório mediado por células T. Isto, portanto, possibilitou o desenvolvimento e avanço das terapias imunobiológicas no tratamento da psoríase. Embora a eficácia e segurança desses medicamentos estejam bem documentadas, há escassez de dados sobre a segurança destas terapias em populações especiais, como nas gestantes. OBJETIVOS: Avaliar o uso de terapia biológica para o tratamento de Psoríase durante a gravidez e as principais recomendações através de uma revisão da literatura. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica e foram aplicados os descritores “Psoriasis”, “Pregnancy” e “Biological Therapy” no DeCS, os quais foram adicionados no MeSH com o operador booleano AND, na base de dados PubMed com filtro de cinco anos. Foram encontrados 33 artigos e, após a leitura, foi aplicado o critério de exclusão: fuga temática, totalizando 20 artigos. RESULTADOS / DISCUSSÃO: A partir da literatura acerca da terapia imunológica para psoríase, sabe-se que a molécula mais utilizada é a IgG1. Ela é composta por dois braços de Fab e uma cauda Fc, cujas moléculas desta última porção podem ser transportadas via transplacentária. Assim, o Certolizumabe pegol, um inibidor do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que não possui porção Fc e, não atravessando a barreira placentária, demonstra-se seguro na gestação. Contudo, observa-se que a subclassificação IgG também influencia no transporte placentário de modo que moléculas IgG1 são facilmente transferidas via placenta em relação às demais (IgG2, IgG3 e IgG4). Dentre os inibidores do TNF-α que possuem porção Fc e, portanto, transporte transplacentário, estão o adalimumabe, etanercepte, golimumabe e o infliximabe. Os inibidores da IL-12/23 e os da IL-17 também podem ser transmitidos. Todavia, faltam estudos que determinem o risco e a transmissibilidade fetal destas classes na gestação, com exceção do Certolizumabe pegol, que permaneceu ausente no sangue do neonato entre o pr¹imeiro e segundo mês, mostrando segurança e possibilitando seu uso na gravidez. A literatura relata a importância da orientação às gestantes com psoríase para que o tratamento com biológicos possa continuar durante o primeiro e segundo trimestre e, no terceiro trimestre, deve-se avaliar os riscos e os benefícios, individualizando cada caso. CONCLUSÃO: O manejo das gestantes com psoríase em uso de biológicos está em avanço e a literatura não traz evidências significativas. Dentre os medicamentos imunobiológicos aprovados no Brasil, apenas o uso de Certolizumabe pegol está liberado nas gestantes, mostrando segurança materno-fetal pela ausência de transferência transplacentária. Os demais anticorpos monoclonais não trazem essa evidência, mas sabe-se que a transferência das IgGs acontece a partir do terceiro trimestre. Portanto, o uso dessas terapias em gestantes deve ser individualizada abordando o perfil do paciente e a gravidade da psoríase. DESCRITORES: Psoríase, Gravidez, Terapia Biológica

Palavras-chave: Psoríase, Gravidez, Terapia Biológica,

Palavras-chave: Psoríase, Gravidez, Terapia Biológica,

DOI: 10.5151/xcomusc-08

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

Costa, I. L.; Souza, B. C.; Silva, M. M.; Roviello, V.D.; Costa, A. C.; "RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DE TERAPIA BIOLÓGICA PARA TRATAMENTO DE PSORÍASE DURANTE A GRAVIDEZ", p. 119-131 . In: Anais do X Congresso Médico Universitário São Camilo. São Paulo: Blucher, 2022.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/xcomusc-08

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