No presente trabalho, a influência do teor de biodiesel na estabilidade termo-oxidativa de misturas diesel / biodiesel de 5 a 20 (%vol), foi estudada durante as condições de armazenamento e quando utilizada em motores, utilizando-se, respectivamente, análises TG e DTAà pressão atmosférica e análises estáticas de PDSC a 290psi. Para estudos de mistura diesel / biodiesel em condições de pressão atmosférica, a estabilidade termo-oxidativa foi determinada pela temperatura inicial extrapolada dos gases oxidados liberados durante a análise termogravimétrica (TG) no ar, por perda de massa quando esta ocorria a menores temperaturas. Quando a estabilidade termooxidativa terminava antes na fase líquida, ela foi determinada pela temperatura inicial do respectivo pico exotérmico de oxidação na curva DTA. Para estudos de estabilidade termo-oxidativa em ar a pressões elevadas, foram realizadas análises por calorimetria exploratória diferencial pressurizada (PDSC), a partir das quais, a temperatura de início do PDSC (início de Tonset, PDSC), é determinada peloinício extrapolado de auto-ignição da mistura durante a análise. Os resultados mostram que a influência do teor de biodiesel nas temperaturas de início da oxidação térmica é totalmente oposta nas diferentes pressões de operação. À pressão atmosférica, quanto maior o teor de biodiesel na mistura, maior é a respectiva estabilidade termo-oxidativa, a 290 psi e pressões maiores, o efeito do teor de biodiesel é exatamente o oposto. Assim, nas condições pressurizadas do motor automotivo, a menor temperatura de decomposição do biodiesel, na verdade, acelera a temperatura de ignição e o processo de combustão das misturas diesel/biodiesel. Entretanto, durante o armazenamento ou manipulação da mistura à pressão ambiente, a maior estabilidade do  

biodiesel aliada aos seus efeitos de interação nos componentes líquidos do diesel, causam um efeito oposto, aumentando a temperatura da estabilidade termo-oxidativa quando o conteúdo de biodiesel é aumentado na mistura.