Outubro 2021 vol. 7 num. 2 - IV Congresso de Escolas Médicas

Trabalho Epidemiológico - Open Access.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE 2009 A 2016

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE 2009 A 2016

Ribeiro , Mylena Jorge Alarcon ; Espíndola, Mariana Fernandes ; Borges , Ana Clara Tonelli Ursulino ;

Trabalho Epidemiológico:

**INTRODUÇÃO:** A violência contra mulher é qualquer ato que pode resultar, em dano físico, sexual ou psicológico, ou sofrimento. É um problema multidimensional e de saúde pública. Logo, é importante conhecer suas especificidades, devido grande demanda de atendimentos de urgência e emergência gerada por ele. **OBJETIVO: **Descrever as características epidemiológicas dos casos de violência contra a mulher em Goiás, no período 2009-2016. **MÉTODOS:** Este foi um estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, que utilizou o sistema de dados das notificações de violência em residentes de Goiás, vinculado ao DATASUS abrangendo o período entre 2009 a 2016. Foram utilizadas as variáveis: frequência, escolaridade, local de ocorrência, tipo e autor da violência, idade e raça. **RESULTADOS:** No período de 2009 a 2016, foram registrados em Goiás 20.333 casos de violência contra mulheres. Houve crescimento no número de notificações no período, com exceção do ano de 2011. No tocante da escolaridade, houve o predomínio de mulheres com 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental, 16,3% dos casos. Em relação ao local de ocorrência da agressão, a residência das vítimas foi o mais notificado (58,5%), seguida da via pública com 18,4% dos registros. Em relação a todos os casos registrados, 32,9% foram notificados como violência de repetição. A distribuição conforme a faixa etária mostrou como mais vulneráveis as seguintes idades: 10 a 19 anos, constituindo 26,5% dos casos; posteriormente 20 a 29 anos, correspondente a 22,9% dos casos; seguida de 30 a 39 anos, representando 18,2% dos casos. Em relação a raça, destacou-se em 47% pardas, seguida de 27,5% por brancas e 8% como pretas. A violência mais frequente foi a física (66%), seguida da sexual (26,9%) e moral (26,1%). Na relação da vítima com o provável autor da violência em 26,1% dos casos havia vínculo amoroso, sendo o cônjuge mais frequente, representando 16,1% dos casos. Familiares juntos somaram 22%, e foi também representativa o registro de desconhecidos (19,4%). **CONCLUSÃO:** De modo geral, os resultados evidenciam que em Goiás, predomina a violência física (66%), em ambiente doméstico (58,5%) e perpetrada por parceiros íntimos (26,1%), confirmando a vulnerabilidade diante da desigualdade de gênero. Afirmando assim, a urgência em políticas mais efetivas de combate a violência, assim como um levantamento epidemiológico mais fidedigno, levando a consolidação de ações do fortalecimento da rede e adequação de serviços.

Trabalho Epidemiológico:

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Palavras-chave: _,

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DOI: 10.5151/cesmed2019-52

Referências bibliográficas
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Como citar:

Ribeiro , Mylena Jorge Alarcon ; Espíndola, Mariana Fernandes; Borges , Ana Clara Tonelli Ursulino; "PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE 2009 A 2016", p. 524-526 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2019-52

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