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Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos Processos de Trabalho
Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos Processos de Trabalho
Pereira, Aparecida Bastos; Costa, Severino Soares da; Araujo, Maria Silvia de Almeida; Filippini, Jose; Rigaud Filho, Erondino; Vasconcelos, Paulino Salin; Ferreira, Maria Cristina Vicente
Resumo:
INTRODUÇÃO Conforme refere Barros (2007) existe uma diferença entre o trabalho prescrito (o que se deve fazer) e o trabalho real (o que se faz efetivamente). para lidar com o campo do trabalho real se faz necessária a construção de espaços dialógicos que possam dar conta da dinâmica das relações e das estratégias e atividades de regulação que não puderam ser previamente previstas. Este trabalho fundamentou-se no pressuposto que promover saúde no local de trabalho é criar espaços para a circulação da palavra, onde estas variações dinâmicas possam ser nomeadas e compartilhadas, tornando-se sustentadoras de mudanças nos processos de trabalho. OBJETIVOS Promover espaços compartilhados para análise dos processos de trabalho; aumentar o grau de comunicação inter e intra grupos; favorecer o trabalho em equipe; favorecer a participação ativa dos trabalhadores e construir redes solidárias no ambiente de trabalho. MÉTODOS o método empregado consistiu na realização de rodas de conversa incluindo a totalidade dos 23 funcionários da recepção do Pronto-Socorro do HMJSH. o setting básico do Método da Roda, conforme definido por Campos (2000), são os espaços coletivos entendidos como dispositivos que permitem a circulação da palavra, combinando método analítico (centrado no sujeito) com recursos que capacitem o grupo a desenvolver capacidade reflexiva. Os resultados destes encontros foram registrados e discutidos em outros coletivos que incluíam além de representantes do setor, membros do Grupo de Trabalho de Humanização, da Diretoria Técnica e Administrativa, da Gerência de Enfermagem e RH e da Comissão de Qualidade. a partir destes fóruns foram dadas respostas às manifestações feitas pelos trabalhadores, que constituíram mudanças nos processos de trabalho e criação de espaços regulares de discussão. RESULTADOS a criação destes espaços coletivos favoreceu a comunicação entre os trabalhadores e suas chefias; permitiu que os trabalhadores pudessem sentir-se reconhecidos quanto ao valor do seu trabalho pela possibilidade de fazerem uso da sua experiência para provocarem mudanças nos processos de trabalho; favoreceu o desvelamento de conflitos, o que gerou a possibilidade de que fossem trabalhados e promoveu a reorganização do fluxo de trabalho na equipe e do processo de acolhimento ao usuário.CONCLUSÃO Muitas das questões levantadas relacionavam-se à impossibilidade de encontros que favorecessem uma comunicação efetiva. Observou-se ainda que para o trabalhador a valorização e e sentido do seu trabalho estão associados à sua possibilidade de articular-se a fim de agir sobre si mesmo e o contexto. no entanto, a metodologia utilizada inicialmente, na qual o profissional que coordenava a roda funcionava como interlocutor entre trabalhadores e gestores, embora eficaz para dar solução a problemas de um determinado nível, não favorecia um processo de co-gestão mais efetivo. Constatou-se ainda que este trabalho não pode ser conclusivo, visto que submete-se à dinâmica das relações, considerando-se, portanto, a importância de que sejam mantidos espaços coletivos permanentes de diálogo e interlocução. As rodas de conversa iniciadas com esta equipe desdobraram-se na formação de outras rodas que incluíram até o momento a equipe de enfermagem do PS e o Grupo de Curativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, M. E. B. Trabalhador da Saúde – Muito Prazer! Ijuí, UNIjuí, 2007. CAMPOS, G. V. S. um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo, Hucitec, 2000.
INTRODUÇÃO Conforme refere Barros (2007) existe uma diferença entre o trabalho prescrito (o que se deve fazer) e o trabalho real (o que se faz efetivamente). para lidar com o campo do trabalho real se faz necessária a construção de espaços dialógicos que possam dar conta da dinâmica das relações e das estratégias e atividades de regulação que não puderam ser previamente previstas. Este trabalho fundamentou-se no pressuposto que promover saúde no local de trabalho é criar espaços para a circulação da palavra, onde estas variações dinâmicas possam ser nomeadas e compartilhadas, tornando-se sustentadoras de mudanças nos processos de trabalho. OBJETIVOS Promover espaços compartilhados para análise dos processos de trabalho; aumentar o grau de comunicação inter e intra grupos; favorecer o trabalho em equipe; favorecer a participação ativa dos trabalhadores e construir redes solidárias no ambiente de trabalho. MÉTODOS o método empregado consistiu na realização de rodas de conversa incluindo a totalidade dos 23 funcionários da recepção do Pronto-Socorro do HMJSH. o setting básico do Método da Roda, conforme definido por Campos (2000), são os espaços coletivos entendidos como dispositivos que permitem a circulação da palavra, combinando método analítico (centrado no sujeito) com recursos que capacitem o grupo a desenvolver capacidade reflexiva. Os resultados destes encontros foram registrados e discutidos em outros coletivos que incluíam além de representantes do setor, membros do Grupo de Trabalho de Humanização, da Diretoria Técnica e Administrativa, da Gerência de Enfermagem e RH e da Comissão de Qualidade. a partir destes fóruns foram dadas respostas às manifestações feitas pelos trabalhadores, que constituíram mudanças nos processos de trabalho e criação de espaços regulares de discussão. RESULTADOS a criação destes espaços coletivos favoreceu a comunicação entre os trabalhadores e suas chefias; permitiu que os trabalhadores pudessem sentir-se reconhecidos quanto ao valor do seu trabalho pela possibilidade de fazerem uso da sua experiência para provocarem mudanças nos processos de trabalho; favoreceu o desvelamento de conflitos, o que gerou a possibilidade de que fossem trabalhados e promoveu a reorganização do fluxo de trabalho na equipe e do processo de acolhimento ao usuário.CONCLUSÃO Muitas das questões levantadas relacionavam-se à impossibilidade de encontros que favorecessem uma comunicação efetiva. Observou-se ainda que para o trabalhador a valorização e e sentido do seu trabalho estão associados à sua possibilidade de articular-se a fim de agir sobre si mesmo e o contexto. no entanto, a metodologia utilizada inicialmente, na qual o profissional que coordenava a roda funcionava como interlocutor entre trabalhadores e gestores, embora eficaz para dar solução a problemas de um determinado nível, não favorecia um processo de co-gestão mais efetivo. Constatou-se ainda que este trabalho não pode ser conclusivo, visto que submete-se à dinâmica das relações, considerando-se, portanto, a importância de que sejam mantidos espaços coletivos permanentes de diálogo e interlocução. As rodas de conversa iniciadas com esta equipe desdobraram-se na formação de outras rodas que incluíram até o momento a equipe de enfermagem do PS e o Grupo de Curativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, M. E. B. Trabalhador da Saúde – Muito Prazer! Ijuí, UNIjuí, 2007. CAMPOS, G. V. S. um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo, Hucitec, 2000.
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/medpro-cihhs-10250
Como citar:
Pereira, Aparecida Bastos; Costa, Severino Soares da; Araujo, Maria Silvia de Almeida; Filippini, Jose; Rigaud Filho, Erondino; Vasconcelos, Paulino Salin; Ferreira, Maria Cristina Vicente; "Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos Processos de Trabalho", p-32-32.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, vol.1, num.2].
São Paulo: Blucher,
2014.
ISSN 23577282,
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10250
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TY - CONF T1 - Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos Processos de Trabalho JO - Blucher Medical Proceedings VL - 1 IS - 2 SP - 32 EP - 32 PY - 2014 T2 - Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde AU - , , , , , , SN - 23577282 DO - http://dx.doi.org/10.5151/medpro-cihhs-10250 UR - www.proceedings.blucher.com.br/article-details/os-espaos-coletivos-como-lugar-de-participao-e-co-responsabilizao-dos-trabalhadores-pelas-mudanas-nos-processos-de-trabalho-9453 KW - ER -
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Aparecida Bastos Pereira, Severino Soares da Costa, Maria Silvia de Almeida Araujo, Jose Filippini, Erondino Rigaud Filho, Paulino Salin Vasconcelos, Maria Cristina Vicente Ferreira, Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos Processos de Trabalho, Blucher Medical Proceedings, Volume 1, 2014, Pages 32-32, ISSN 23577282, http://dx.doi.org/10.5151/medpro-cihhs-10250 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/os-espaos-coletivos-como-lugar-de-participao-e-co-responsabilizao-dos-trabalhadores-pelas-mudanas-nos-processos-de-trabalho-9453) Palavras-chave:: ;