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Justificativa

A pandemia do COVID-19 trouxe inúmeras perturbações aos estilos de vida, incluindo o aumento do estresse das famílias podendo prejudicar os hábitos alimentares.

Objetivo(s)

Investigar a presença e o nível do estresse parental e suas influências na ingestão alimentar e estilos de vida dos filhos durante a pandemia do COVID-19.

Método(s)

Pais de crianças e adolescentes que completaram uma pesquisa transversal online avaliando ás refeições, estilo de vida (variável independente), percepção de estresse (variável de mediação), e grupos alimentares (desfecho) por meio de análise de mediação.

Resultado(s)

A média da sensação do estresse parental foi moderado alto (6,98) numa escala de zero a dez. Quanto maior a percepção de estresse dos pais, maior tempo de tela pelas crianças, menor consumo de verduras e frutas (-1,23; -1,81; -0,64; -0,39; 95%IC -0,64; -0,14) e menor tempo de atividade física. A maior percepção de estresse foi mediada por mais refeições em famílias, maior consumo de açúcares (1,02; 95%IC 0,20; 0,09); e mais pedidos em restaurantes de pronta-entrega (1,19; 0,13; 2,24)

Conclusão(ões)

O aumento da percepção de estresse dos pais foi relacionado ao aumento no tempo de uso de tela e menor consumo de frutas e verduras pelas crianças. Os pais com maior percepção do estresse também modificaram hábitos buscando mais refeições em família, com alimentos ricos em açúcares. O estresse parental é importante mediador da alimentação e estilo de vida dos filhos, por isso para promover ações de melhoria da qualidade nutricional, é necessário monitorar e orientar os pais quanto ao nível de estresse.