Blucher Medical Proceedings
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O Desafio do Médico de Família e Comunidade na Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação Congênita: um Relato de Experiência.
O Desafio do Médico de Família e Comunidade na Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação Congênita: um Relato de Experiência.
Cavalcanti, Luiz Rafael Pereira; Fernandes, Marcelo Henrique F.; Carvalho, David Ramos de
Resumo:
Introdução: a partir da década de 1990, após o início da descentralização da gestão em saúde, fez-se necessária a ampliação e fortalecimento da rede de atenção básica no SUS. a complexa demanda em saúde da população torna evidente e urgente a necessidade de políticas de humanização e de criação de linhas de cuidado. a coordenação do cuidado por uma equipe multidisciplinar de saúde é ainda mais necessária nos caso de malformações congênitas. Objetivos: Descrever a experiência, como internos de graduação de medicina, no acompanhamento de uma criança com malformação congênita - Deficiência Focal Femoral Proximal Unilateral (DFFPU) - numa Unidade de Saúde da Família (USF) de Recife. Refletir sobre o papel do médico como coordenador do cuidado e enquanto gerenciador de uma atenção multiprofissional, analisando o caso, também, através de suas dimensões biológica, psicológica e social, com o intuito de amparar a criança – não se esquecendo de sua família. Averiguar aspectos de um atendimento humanizado presente nas práticas dessa equipe da USF correlacionando com as competências médicas preconizadas pelas diretrizes curriculares nacionais. Métodos: Acompanhou-se um lactente com DFFPU a partir da sua primeira consulta na USF, com gerenciamento dos encaminhamentos para especialistas focais, discussões do caso com Equipe da Saúde da Família (ESF) e equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), criação de um Projeto Terapêutico Singular, desenvolvimento de estratégias para o registro de informação com fluxo pérvio e multilateral, abordagem familiar com apoio psicológico, fornecimento das informações necessárias e fortalecimento do vinculo entre equipe de saúde e família, e ação intersetorial com estratégias de comunicação com escolas e creches. Resultados: Observaram-se vários desafios: 1) conduzir uma atenção multidisciplinar; 2) discriminação social dos portadores de deficiência física; 3) prevenir uma disfuncionalidade familiar; 4) manutenção de comunicação equipe de saúde-família eficiente. Notamos registros de informação mais claros e eficientes na USF; melhora da referência e contra-referência entre os níveis de atenção em saúde; aproximação da ESF e equipe NASF; constituição de vínculo terapêutico com corresponsabilização pelo cuidado. Conclusões: Advém contar que, a despeito do olhar médico hegemônico considerar o diagnóstico e tratamento as etapas mais desafiadoras no cuidado em saúde, a magnitude das demandas para uma atenção integral e ampliada, pressupõe uma gama de ações que incluem comunicação e registro de informação eficientes, apoio à família, e integração entre níveis assistenciais de saúde, que superam tanto em dificuldade e complexidade quanto em trabalho despendido, às ações exclusivamente voltadas para a doença. É este o maior desafio que recai sobre o médico de família e comunidade: a tarefa de cultivar vínculos, cuidar de pessoas e coordenar a atenção.
Introdução: a partir da década de 1990, após o início da descentralização da gestão em saúde, fez-se necessária a ampliação e fortalecimento da rede de atenção básica no SUS. a complexa demanda em saúde da população torna evidente e urgente a necessidade de políticas de humanização e de criação de linhas de cuidado. a coordenação do cuidado por uma equipe multidisciplinar de saúde é ainda mais necessária nos caso de malformações congênitas. Objetivos: Descrever a experiência, como internos de graduação de medicina, no acompanhamento de uma criança com malformação congênita - Deficiência Focal Femoral Proximal Unilateral (DFFPU) - numa Unidade de Saúde da Família (USF) de Recife. Refletir sobre o papel do médico como coordenador do cuidado e enquanto gerenciador de uma atenção multiprofissional, analisando o caso, também, através de suas dimensões biológica, psicológica e social, com o intuito de amparar a criança – não se esquecendo de sua família. Averiguar aspectos de um atendimento humanizado presente nas práticas dessa equipe da USF correlacionando com as competências médicas preconizadas pelas diretrizes curriculares nacionais. Métodos: Acompanhou-se um lactente com DFFPU a partir da sua primeira consulta na USF, com gerenciamento dos encaminhamentos para especialistas focais, discussões do caso com Equipe da Saúde da Família (ESF) e equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), criação de um Projeto Terapêutico Singular, desenvolvimento de estratégias para o registro de informação com fluxo pérvio e multilateral, abordagem familiar com apoio psicológico, fornecimento das informações necessárias e fortalecimento do vinculo entre equipe de saúde e família, e ação intersetorial com estratégias de comunicação com escolas e creches. Resultados: Observaram-se vários desafios: 1) conduzir uma atenção multidisciplinar; 2) discriminação social dos portadores de deficiência física; 3) prevenir uma disfuncionalidade familiar; 4) manutenção de comunicação equipe de saúde-família eficiente. Notamos registros de informação mais claros e eficientes na USF; melhora da referência e contra-referência entre os níveis de atenção em saúde; aproximação da ESF e equipe NASF; constituição de vínculo terapêutico com corresponsabilização pelo cuidado. Conclusões: Advém contar que, a despeito do olhar médico hegemônico considerar o diagnóstico e tratamento as etapas mais desafiadoras no cuidado em saúde, a magnitude das demandas para uma atenção integral e ampliada, pressupõe uma gama de ações que incluem comunicação e registro de informação eficientes, apoio à família, e integração entre níveis assistenciais de saúde, que superam tanto em dificuldade e complexidade quanto em trabalho despendido, às ações exclusivamente voltadas para a doença. É este o maior desafio que recai sobre o médico de família e comunidade: a tarefa de cultivar vínculos, cuidar de pessoas e coordenar a atenção.
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/medpro-cihhs-10344
Como citar:
Cavalcanti, Luiz Rafael Pereira; Fernandes, Marcelo Henrique F.; Carvalho, David Ramos de; "O Desafio do Médico de Família e Comunidade na Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação Congênita: um Relato de Experiência.", p-81-81.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, vol.1, num.2].
São Paulo: Blucher,
2014.
ISSN 23577282,
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10344
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TY - CONF T1 - O Desafio do Médico de Família e Comunidade na Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação Congênita: um Relato de Experiência. JO - Blucher Medical Proceedings VL - 1 IS - 2 SP - 81 EP - 81 PY - 2014 T2 - Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde AU - , , SN - 23577282 DO - http://dx.doi.org/10.5151/medpro-cihhs-10344 UR - www.proceedings.blucher.com.br/article-details/o-desafio-do-mdico-de-famlia-e-comunidade-na-coordenao-do-cuidado-de-um-lactente-com-malformao-congnita-um-relato-de-experincia-9501 KW - ER -
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Luiz Rafael Pereira Cavalcanti, Marcelo Henrique F. Fernandes, David Ramos de Carvalho, O Desafio do Médico de Família e Comunidade na Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação Congênita: um Relato de Experiência., Blucher Medical Proceedings, Volume 1, 2014, Pages 81-81, ISSN 23577282, http://dx.doi.org/10.5151/medpro-cihhs-10344 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/o-desafio-do-mdico-de-famlia-e-comunidade-na-coordenao-do-cuidado-de-um-lactente-com-malformao-congnita-um-relato-de-experincia-9501) Palavras-chave:: ;