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Ao longo do planejamento do levantamento de dados para a pesquisa de fundamentos de design de voz digital para orientar pessoas com deficiência visual em espaços públicos, o pesquisador considerou a coleta de informações por meio de observação direta de voluntários com deficiência visual utilizando-se de modelos de orientação por voz. No entanto, a partir do ano de 2020, a sociedade imergiu em um processo de isolamento por conta da necessidade de contenção de uma epidemia viral mundial, motivando a readequação do planejamento da pesquisa de forma a permutar a coleta de dados, do método de observação para o método de pesquisa teórica por dados bibliográficos. Este trabalho relata a transposição de premissas abstratas, compostas predominantemente de descrições sobre situações ambientais cuja argumentação exige um levantamento prático de caráter experimental, em possíveis segmentos conceituais de caráter bibliográfico, representado por características da física do som e da voz, de abrangência universal para descrições ambientais, possibilitando a busca bibliográfica dessas características e de sua influência nos processos cognitivos humanos, sobretudo de pessoas com deficiência visual. Ainda que este método exclua a presença direta do usuário foco na coleta de dados, pretende-se que o conjunto de evidências literárias para cada segmento conceitual possibilitem a recomposição dos pressupostos, possibilitando o esclarecimento dos fundamentos do design associados a cada pressuposto. Pretende-se também, com a organização dos pressupostos abstratos em segmentos de dados empíricos, simplificar a análise dos fundamentos de design resultantes da pesquisa durante o desenvolvimento de pesquisas derivadas, assim como facilitar a utilização destes fundamentos no planejamento e desenvolvimento de aplicações práticas com instruções vocais de orientação para a mobilidade autônoma de pessoas com deficiência visual.