Relatos das conversações - Open Access.

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Metaprojeto: uma proposta complexa

Metaprojeto: uma proposta complexa

MANDELLI, Roberta ; BITTENCOURT, Paulo ; BORSA, Angelix ; BENTZ, Ione ;

Relatos das conversações:

Metaprojeto é uma temática que, apesar de muito discutida (COLLINA, 2005; GIACCARDI, 2005; MORAES, 2010; VAN ONCK, 1965; VASSÃO, 2010), permanece promissora à área de estudos do design. A abordagem de metaprojeto que iremos propor na Conversação se ancora no Pensamento Complexo. O meta, em nossa proposta, coincide com o auto-eco de Edgar Morin, que pode ser lido como [meta (auto-eco) projetual]. A noção de sistemas abertos é desenvolvida por Morin (2011) como auto-eco-organização, na qual o prefixo auto faz referência à autonomia do sistema de se criar, continuamente, e o prefixo eco postula sua dependência de outros sistemas, isto é, outras ideias, necessárias também a sua organização. Nessa perspectiva, em que a abertura se organiza pelo e no seu fechamento, tudo o que marca a irreversibilidade temporal no sistema é da ordem do acontecimento. Logo, indica novas relações irredutíveis ao passado, provocadoras de bifurcações que carregam em si uma potência metamórfica – desestabilizações e criações sistêmicas. Sendo assim, o design suscita um sistema de ideias que se organiza na medida em que está aberto a outras ideias, e essa abertura só é efetiva quando restrita, quer dizer, quando fechada de maneira a preservar sua autonomia. Essa dinâmica simultânea de abertura que se fecha e de fechamento que se abre, chamamos de estratégia.

Relatos das conversações:

Metaprojeto é uma temática que, apesar de muito discutida (COLLINA, 2005; GIACCARDI, 2005; MORAES, 2010; VAN ONCK, 1965; VASSÃO, 2010), permanece promissora à área de estudos do design. A abordagem de metaprojeto que iremos propor na Conversação se ancora no Pensamento Complexo. O meta, em nossa proposta, coincide com o auto-eco de Edgar Morin, que pode ser lido como [meta (auto-eco) projetual]. A noção de sistemas abertos é desenvolvida por Morin (2011) como auto-eco-organização, na qual o prefixo auto faz referência à autonomia do sistema de se criar, continuamente, e o prefixo eco postula sua dependência de outros sistemas, isto é, outras ideias, necessárias também a sua organização. Nessa perspectiva, em que a abertura se organiza pelo e no seu fechamento, tudo o que marca a irreversibilidade temporal no sistema é da ordem do acontecimento. Logo, indica novas relações irredutíveis ao passado, provocadoras de bifurcações que carregam em si uma potência metamórfica – desestabilizações e criações sistêmicas. Sendo assim, o design suscita um sistema de ideias que se organiza na medida em que está aberto a outras ideias, e essa abertura só é efetiva quando restrita, quer dizer, quando fechada de maneira a preservar sua autonomia. Essa dinâmica simultânea de abertura que se fecha e de fechamento que se abre, chamamos de estratégia.

Palavras-chave: Design; Metaprojeto; Complexidade,

Palavras-chave: Design; Metaprojeto; Complexidade,

DOI: 10.5151/ped2022-c19

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

MANDELLI, Roberta; BITTENCOURT, Paulo; BORSA, Angelix; BENTZ, Ione; "Metaprojeto: uma proposta complexa", p. 8526-8530 . In: Anais do 14º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São Paulo: Blucher, 2022.
ISSN 2318-6968, DOI 10.5151/ped2022-c19

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