Outubro 2021 vol. 7 num. 1 - V Congresso de Escolas Médicas

Trabalho Experimental - Open Access.

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MEDICAMENTO PARA O DIABETES E SEU EFEITO NEUROPROTETOR EM MODELO EXPERIMENTAL DE DEPRESSÃO

MEDICAMENTO PARA O DIABETES E SEU EFEITO NEUROPROTETOR EM MODELO EXPERIMENTAL DE DEPRESSÃO

Arruda, Cristina Maria de ; Filho, Samuel Vandresen ; Buss , Ziliani da Silva ; Doneda , Diego Luiz ; Rohden, Christopher Alecsander Herane ; Fernandes, Isadora Luiza ;

Trabalho Experimental:

"INTRODUÇÃO: A depressão é uma doença neuroinflamatória de característicaincapacitante e muito prevalente cujo tratamento clássico melhora os sintomasde apenas 50% dos acometidos. Além disso, a terapia usual costuma induzirdiversos efeitos colaterais que dificultam a adesão, e, portanto, atrapalham oprognóstico desses pacientes. Na busca por alternativas de tratamento para ostranstornos depressivos, várias classes de fármacos podem ser avaliadas pormeio de modelos experimentais. Neste sentido, urge a rosiglitazona, fármacoantidiabético, que demonstrou em diversas pesquisas possuir efeitosneuroprotetores e anti-inflamatório em doenças neurológicas e psiquiátricas.OBJETIVOS: Avaliar os efeitos protetores do tratamento com rosiglitazona nocomportamento do tipo depressivo e déficits cognitivos induzidos porlipopolissacarídeo (LPS) em camundongos; Avaliar se os efeitos darosiglitazona atuam sobre a concentração do Fator de Necrose Tumoral-α (TNF-α), sobre os parâmetros de estresse oxidativo (glutationa oxidada emalondialdeído) e sobre as concentrações da neurotrofina BDNF no hipocampo decamundongos que receberam LPS.MÉTODOS: Os animais foram tratados com salina (0,9%) ou rosiglitazona (5mg/kg) por via intraperitoneal, e, após uma hora, receberam a administração deLPS pela mesma via. Um dia depois, os animais foram submetidos aos testescomportamentais e, posteriormente, foram realizadas as análisesneurobioquímicas. Todos os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Éticano Uso de Animais (CEUA) da UFMT (protocolo de número 23108.098456/2015-93).RESULTADOS: Nossos resultados demonstram que, em relação aos grupos controle,a rosiglitazona atuou contra a neuroinflamação, reduzindo as concentrações deTNF-α e glutationa oxidada, bem como aumentando o malondialdeído e o BDNF.Além disso, a administração de rosiglitazona melhorou o desempenho dosroedores no teste do labirinto em Y (indicando prevenir a redução da memóriade trabalho espacial), no teste do nado forçado (prevenindo a imobilidadecaracterística do comportamento do tipo depressivo) e no teste da esquivainibitória (prevenindo o comprometimento da memória aversiva).CONCLUSÕES: Os resultados apontam para um possível efeito antidepressivo darosiglitazona avaliado nos testes comportamentais neste modelo experimental.Mostram ainda que esse efeito pode ser devido à prevenção do estresseoxidativo, à inibição de mediadores pró-inflamatórios e à neuroproteção."

Trabalho Experimental:

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Palavras-chave: Depressão; Neuroproteção; Rosiglitazona,

Palavras-chave: -,

DOI: 10.5151/cesmed2021-42

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Como citar:

Arruda, Cristina Maria de ; Filho, Samuel Vandresen; Buss , Ziliani da Silva; Doneda , Diego Luiz; Rohden, Christopher Alecsander Herane; Fernandes, Isadora Luiza ; "MEDICAMENTO PARA O DIABETES E SEU EFEITO NEUROPROTETOR EM MODELO EXPERIMENTAL DE DEPRESSÃO", p. 129-132 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2021-42

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