Blucher Engineering Proceedings
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MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA.
MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA.
Chagas, Brenda Ribeiro; Queiroz, Joaquim Carlos Barbosa; Monteiro, Luana Helena Oliveira
Artigo Completo:
Neste trabalho, foi estudado o regime de precipitação na sub-bacia do rio Xingu no período de 1982 a 2015. Sabe-se que um dos grandes problemas na Amazônia é a variabilidade do nível dos rios, onde ocorrem enchentes e secas, atingindo diretamente à população local. A intensificação do regime de precipitação na região, afeta o nível e vazão das bacias, pelo fato da precipitação ser a principal moduladora da variação das vazões nas bacias hidrográficas, logo, percebe-se a necessidade de buscar o entendimento do comportamento dinâmico dos meios por onde a água é transportada em suas diversas fases, que é primordial para obter uma resposta para as questões climáticas e hidrológicas na escala hidrográfica. A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser implementada em um trecho de 100 quilômetros no Rio Xingu, no estado do Pará com uma potência instalada em torno de 11.233 MW, certamente causará alterações na climatologia e hidrografia da região principalmente na sub bacia do rio Xingu. A alteração da vazão do rio, segundo os especialistas, altera todo o ciclo ecológico da região afetada que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. O caso de Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que dependerá da sazonalidade das chuvas. A caraterização dos regimes de chuvas e previsões de possíveis enchentes e consequentes impactos danos socioeconômicos podem auxiliar na minimização de danos às populações ribeirinhas. A ênfase neste trabalho é direcionada ao mapeamento do regime de chuvas na sub bacia do Xingu utilizando-se a geoestatística, que é uma ferramenta largamente usada em diversas áreas da ciência, com resultados bastante confiáveis. Nesta metodologia, são conhecidos os erros das estimativas em locais não amostrados e considerada a anisotropia quando presente na distribuição dos dados. Foram construídos mapas que apresentam as precipitações mínimas, máximas e médias na sub-bacia do rio Xingu no período de 1982 a 2015. Deste modo, pôde-se caracterizar e visualizar o regime de chuvas nessa sub-bacia. Estes resultados deverão servir de base para trabalhos futuros que visam a construção de modelos temporais e/ou espaços-temporais eu que se pretende fazer a realização de previsões de chuvas.
Neste trabalho, foi estudado o regime de precipitação na sub-bacia do rio Xingu no período de 1982 a 2015. Sabe-se que um dos grandes problemas na Amazônia é a variabilidade do nível dos rios, onde ocorrem enchentes e secas, atingindo diretamente à população local. A intensificação do regime de precipitação na região, afeta o nível e vazão das bacias, pelo fato da precipitação ser a principal moduladora da variação das vazões nas bacias hidrográficas, logo, percebe-se a necessidade de buscar o entendimento do comportamento dinâmico dos meios por onde a água é transportada em suas diversas fases, que é primordial para obter uma resposta para as questões climáticas e hidrológicas na escala hidrográfica. A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser implementada em um trecho de 100 quilômetros no Rio Xingu, no estado do Pará com uma potência instalada em torno de 11.233 MW, certamente causará alterações na climatologia e hidrografia da região principalmente na sub bacia do rio Xingu. A alteração da vazão do rio, segundo os especialistas, altera todo o ciclo ecológico da região afetada que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. O caso de Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que dependerá da sazonalidade das chuvas. A caraterização dos regimes de chuvas e previsões de possíveis enchentes e consequentes impactos danos socioeconômicos podem auxiliar na minimização de danos às populações ribeirinhas. A ênfase neste trabalho é direcionada ao mapeamento do regime de chuvas na sub bacia do Xingu utilizando-se a geoestatística, que é uma ferramenta largamente usada em diversas áreas da ciência, com resultados bastante confiáveis. Nesta metodologia, são conhecidos os erros das estimativas em locais não amostrados e considerada a anisotropia quando presente na distribuição dos dados. Foram construídos mapas que apresentam as precipitações mínimas, máximas e médias na sub-bacia do rio Xingu no período de 1982 a 2015. Deste modo, pôde-se caracterizar e visualizar o regime de chuvas nessa sub-bacia. Estes resultados deverão servir de base para trabalhos futuros que visam a construção de modelos temporais e/ou espaços-temporais eu que se pretende fazer a realização de previsões de chuvas.
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/xveneeamb-191
Referências bibliográficas
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- [7] Ministério de Minas e Energia. www.mme.gov.br. Acesso em: 25 set. 2002
Como citar:
Chagas, Brenda Ribeiro; Queiroz, Joaquim Carlos Barbosa; Monteiro, Luana Helena Oliveira; "MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA.", p-1905-1910.
In: .
São Paulo: Blucher,
2017.
ISSN 23577592,
DOI 10.5151/xveneeamb-191
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TY - CONF T1 - MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA. JO - Blucher Engineering Proceedings VL - 4 IS - 2 SP - 1905 EP - 1910 PY - 2017 T2 - IX SBEA + XV ENEEAmb + III FLES AU - , , SN - 23577592 DO - http://dx.doi.org/10.5151/xveneeamb-191 UR - www.proceedings.blucher.com.br/article-details/mapeamento-da-precipitao-na-subbacia-do-rio-xingu-com-uso-da-geoestatstica-26861 KW - ER -
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Brenda Ribeiro Chagas, Joaquim Carlos Barbosa Queiroz, Luana Helena Oliveira Monteiro, MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA., Blucher Engineering Proceedings, Volume 4, 2017, Pages 1905-1910, ISSN 23577592, http://dx.doi.org/10.5151/xveneeamb-191 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/mapeamento-da-precipitao-na-subbacia-do-rio-xingu-com-uso-da-geoestatstica-26861) Palavras-chave:: ;