Julho 2017 vol. 4 num. 2 - IX SBEA + XV ENEEAmb + III FLES

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MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA.

Chagas, Brenda Ribeiro ; Queiroz, Joaquim Carlos Barbosa ; Monteiro, Luana Helena Oliveira ;

Artigo Completo:

Neste trabalho, foi estudado o regime de precipitação na sub-bacia do rio Xingu no período de 1982 a 2015. Sabe-se que um dos grandes problemas na Amazônia é a variabilidade do nível dos rios, onde ocorrem enchentes e secas, atingindo diretamente à população local. A intensificação do regime de precipitação na região, afeta o nível e vazão das bacias, pelo fato da precipitação ser a principal moduladora da variação das vazões nas bacias hidrográficas, logo, percebe-se a necessidade de buscar o entendimento do comportamento dinâmico dos meios por onde a água é transportada em suas diversas fases, que é primordial para obter uma resposta para as questões climáticas e hidrológicas na escala hidrográfica. A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser implementada em um trecho de 100 quilômetros no Rio Xingu, no estado do Pará com uma potência instalada em torno de 11.233 MW, certamente causará alterações na climatologia e hidrografia da região principalmente na sub bacia do rio Xingu. A alteração da vazão do rio, segundo os especialistas, altera todo o ciclo ecológico da região afetada que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. O caso de Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que dependerá da sazonalidade das chuvas. A caraterização dos regimes de chuvas e previsões de possíveis enchentes e consequentes impactos danos socioeconômicos podem auxiliar na minimização de danos às populações ribeirinhas. A ênfase neste trabalho é direcionada ao mapeamento do regime de chuvas na sub bacia do Xingu utilizando-se a geoestatística, que é uma ferramenta largamente usada em diversas áreas da ciência, com resultados bastante confiáveis. Nesta metodologia, são conhecidos os erros das estimativas em locais não amostrados e considerada a anisotropia quando presente na distribuição dos dados. Foram construídos mapas que apresentam as precipitações mínimas, máximas e médias na sub-bacia do rio Xingu no período de 1982 a 2015. Deste modo, pôde-se caracterizar e visualizar o regime de chuvas nessa sub-bacia. Estes resultados deverão servir de base para trabalhos futuros que visam a construção de modelos temporais e/ou espaços-temporais eu que se pretende fazer a realização de previsões de chuvas.

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Palavras-chave: regime de precipitação na sub-bacia do rio Xingu,

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/xveneeamb-191

Referências bibliográficas
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Como citar:

Chagas, Brenda Ribeiro; Queiroz, Joaquim Carlos Barbosa; Monteiro, Luana Helena Oliveira; "MAPEAMENTO DA PRECIPITAÇÃO NA SUBBACIA DO RIO XINGU COM USO DA GEOESTATÍSTICA.", p. 1905-1910 . In: . São Paulo: Blucher, 2017.
ISSN 2357-7592, DOI 10.5151/xveneeamb-191

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