Resumo expandido - Open Access.

Idioma principal | Segundo idioma

Interlocução entre design e atividade humana dentro dos espaços de vivência urbana

Interlocução entre design e atividade humana dentro dos espaços de vivência urbana

Ferreira, Gabriela Ramos ; Santos, Maria Luiza Lopes de Oliveira ;

Resumo expandido:

Os ambientes urbanos são dotados de múltiplas características identitárias associadas a vários fatores, dentre os quais se destacam: aspectos históricos, culturais, econômicos, conformação da arquitetura e do design, condições ambientais e das relações sociais, que se estabelecem entre as pessoas e o entorno, e combinações da morfologia territorial. Essas dimensões simbólicas e materiais ajudam a construir, através de confrontos ou interações nos espaços públicos ou privados, os contornos da vida em sociedade que refletem, também, na apropriação do espaço público. A relação entre estas, portanto, contribuem para uma compreensão mais assertiva do processo de apropriação urbana abrangendo a materialidade e suas subjetividades. Logo, o problema desta pesquisa consiste na busca pela compreensão sobre de que forma o design do lugar influencia na apropriação do espaço urbano. Urbanistas como Jacobs (2011), Lynch (2006) e Gehl (2013) discorrem em suas obras sobre o que chamam de “vitalidade urbana”, incentivando a vivência nas cidades através da promoção de espaços públicos de qualidade, em contraponto à homogeneização dos lugares e a uma arquitetura que “repele” ao invés de atrair, e que muitas vezes tem a depredação pública como resposta. Essa realidade é explicada pelo autor Augé (1994) quando se refere aos não-lugares, que seriam locais de passagem incapazes de agregar pertencimento. Já Cardoso (2013) afirma que, dadas às várias funções do design, pode-se atribuir significados aos artefatos, e assim promover sua identidade. Mourthé (1998) afirma que os mobiliários urbanos, por sua vez, são artefatos presentes nos espaços públicos e possuem, dentre outras definições, a de produto de uso público fundamental à paisagem urbana e que contribui para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas. Assim, tem-se como objetivo de pesquisa compreender de que maneira a relação estabelecida entre os artefatos presentes nos espaços públicos e suas múltiplas características impactam as atividades humanas, de forma individual e coletiva, ao vivenciar os espaços públicos. Para o procedimento metodológico, se define como escopo de pesquisa os mobiliários urbanos presentes em recorte do Centro Histórico de São Luís/MA, buscando evidenciar aspectos configuracionais e de identidade que influenciam na apropriação urbana. No referencial teórico busca-se entender alguns conceitos e as relações que se estabelecem a partir destes, dentre eles: design, sociedade e cidade. O trabalho terá abordagem qualitativa e de natureza aplicada. Esta busca fragmenta-se a partir de objetivos específicos nos quais serão analisados possíveis aspectos materiais e imateriais dos artefatos, que influenciam na apropriação dos espaços livres públicos. Além disso, entender a percepção dos usuários sobre esses espaços também se faz necessário, esta se dará por meio de entrevistas. O trabalho delineia-se a partir de revisão sistemática de literatura, com levantamento de dados sobre o estado de arte do tema proposto. A partir disso, ocorrem as etapas de ida a campo e observações das áreas de estudo, posteriormente coleta e análise de dados e apresentação dos mesmos. Como resultados esperados, por meio desta pesquisa, busca-se compreender, sob o olhar do design, a relação estabelecida entre a apropriação urbana e as questões materiais e imateriais dos elementos compositivos dos espaços de sociabilidade urbana que impactam na vivência do mesmo pelos seus usuários.

Resumo expandido:

__

Palavras-chave: Design; cidade; aspectos materiais; aspectos imateriais; mobiliário urbano,

Palavras-chave: __,

DOI: 10.5151/jopdesign2021-53

Referências bibliográficas
  • [1] "AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Papirus. Campinas: 1994.
  • [2] CARDOSO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2013. 264p.
  • [3] GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 201
  • [4] JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
  • [5] LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
  • [6] MOURTHÉ, Claudia Rocha. Mobiliário urbano em diferentes cidades brasileiras: um estudo comparativo. 1998. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • [7] "
Como citar:

Ferreira, Gabriela Ramos ; Santos, Maria Luiza Lopes de Oliveira ; "Interlocução entre design e atividade humana dentro dos espaços de vivência urbana", p. 456-457 . In: Anais da II Jornada de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Design - UFMA. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2318-6968, DOI 10.5151/jopdesign2021-53

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações