Dezembro 2022 vol. 8 num. 1 - X CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

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Influência das terapias complementares na qualidade de vida dos cuidadores de idosos com demência

Influência das terapias complementares na qualidade de vida dos cuidadores de idosos com demência

Rodrigues, Bárbara Perini ; Silva, Bianca Marcatto da ; Lopes, Francisco Rachide ; Saccoletto, Giovanna dos Santos ; Miguel, Thais Ferreira ; Ferreira, Van Damme da Silva ;

Artigo:

INTRODUÇÃO: A baixa assistência prestada a quem se dedica a cuidar é uma fragilidade encontrada em nosso sistema de saúde. Esses indivíduos são vulneráveis uma vez que sua contribuição muitas vezes não é reconhecida e assessorada, se tornando susceptíveis a afecções. Dentre os riscos encontramos, sobretudo, desordens psiquiátricas como depressão, isolamento e estresse patológico, além de comprometimento em sua qualidade de vida. Ademais, o contexto predispõe a um pior cuidado prestado ao paciente com demência. Sendo assim, se torna importante o estudo sobre métodos alternativos para amparar esse cuidador. OBJETIVOS: Avaliar com base em evidências científicas as terapias não medicamentosas que contribuem para a saúde global do cuidador de indivíduos com demência. Assim, os desfechos esperados são a redução do estresse do cuidador e melhoria na qualidade de vida. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura por meio das bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), por meio das plataformas da PubMed e BVS, respectivamente. Foram selecionados artigos publicados entre 2012 e 2022, outras revisões foram excluídas. Após a seleção primária, os trabalhos foram excluídos manualmente tendo como critério a não congruência com o escopo dessa revisão (PICO – cuidadores de pessoas com demência, psicoterapia ou outras terapias complementares e qualidade de vida.) ou não apresentar os resultados dos estudos. Os 16 artigos incluídos foram lidos na íntegra e tabelados considerando para a discussão o tipo de intervenção e seus desfechos. RESULTADOS / DISCUSSÃO: Analisando os objetivos e os resultados das intervenções, dos 16 artigos selecionados, 15 abordavam possíveis benefícios psicológicos das terapias complementares. Dos ensaios que tinham esse objetivo, 86,6% apresentaram resultados favoráveis ao emprego de tais terapias para o manejo dessas patologias, salvo diferentes pesos de evidência. Dentre os fenômenos psicológicos os de maior finalidade de melhoria ou resolução estão: depressão, estresse, carga do cuidador, ansiedade e qualidade de vida. Além disso, 3 ensaios buscaram melhorias fisiológicas envolvendo sistema nervoso autônomo, biomarcadores cardiovasculares ou atividade pró-inflamatória. Nesse aspecto, 66,6% apresentou correlação benéfica entre a terapêutica e a melhoria dos parâmetros. Por fim, 2 artigos evidenciaram baixo nível de evidência devido ao tamanho da amostra e outros 2 a ausência de evidência. Abordando as possíveis intervenções encontramos: terapia cognitiva comportamental e outras terapias, meditação, mindfulness, serviço social, resolução de problemas, enfrentamento baseado em manuais, intervenção educacional pela internet, programa de eventos agradáveis, apoio individualizado e produção artística. CONCLUSÃO: Concluímos que o campo de utilização de terapias psicossociais é promissor e deve ser encorajado na abordagem familiar do paciente com demência, haja visto os benefícios correlacionados a elas. Entretanto esbarramos nas possibilidades orçamentárias do SUS, na fragilidade das redes de atenção a saúde, na descrença social para com terapias complementares assim como o preconceito com as doenças psíquicas. Mais estudos e projetos de educação devem ser realizado para maior embasamento e utilização de tais artifícios.

Artigo:

INTRODUÇÃO: A baixa assistência prestada a quem se dedica a cuidar é uma fragilidade encontrada em nosso sistema de saúde. Esses indivíduos são vulneráveis uma vez que sua contribuição muitas vezes não é reconhecida e assessorada, se tornando susceptíveis a afecções. Dentre os riscos encontramos, sobretudo, desordens psiquiátricas como depressão, isolamento e estresse patológico, além de comprometimento em sua qualidade de vida. Ademais, o contexto predispõe a um pior cuidado prestado ao paciente com demência. Sendo assim, se torna importante o estudo sobre métodos alternativos para amparar esse cuidador. OBJETIVOS: Avaliar com base em evidências científicas as terapias não medicamentosas que contribuem para a saúde global do cuidador de indivíduos com demência. Assim, os desfechos esperados são a redução do estresse do cuidador e melhoria na qualidade de vida. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura por meio das bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), por meio das plataformas da PubMed e BVS, respectivamente. Foram selecionados artigos publicados entre 2012 e 2022, outras revisões foram excluídas. Após a seleção primária, os trabalhos foram excluídos manualmente tendo como critério a não congruência com o escopo dessa revisão (PICO – cuidadores de pessoas com demência, psicoterapia ou outras terapias complementares e qualidade de vida.) ou não apresentar os resultados dos estudos. Os 16 artigos incluídos foram lidos na íntegra e tabelados considerando para a discussão o tipo de intervenção e seus desfechos. RESULTADOS / DISCUSSÃO: Analisando os objetivos e os resultados das intervenções, dos 16 artigos selecionados, 15 abordavam possíveis benefícios psicológicos das terapias complementares. Dos ensaios que tinham esse objetivo, 86,6% apresentaram resultados favoráveis ao emprego de tais terapias para o manejo dessas patologias, salvo diferentes pesos de evidência. Dentre os fenômenos psicológicos os de maior finalidade de melhoria ou resolução estão: depressão, estresse, carga do cuidador, ansiedade e qualidade de vida. Além disso, 3 ensaios buscaram melhorias fisiológicas envolvendo sistema nervoso autônomo, biomarcadores cardiovasculares ou atividade pró-inflamatória. Nesse aspecto, 66,6% apresentou correlação benéfica entre a terapêutica e a melhoria dos parâmetros. Por fim, 2 artigos evidenciaram baixo nível de evidência devido ao tamanho da amostra e outros 2 a ausência de evidência. Abordando as possíveis intervenções encontramos: terapia cognitiva comportamental e outras terapias, meditação, mindfulness, serviço social, resolução de problemas, enfrentamento baseado em manuais, intervenção educacional pela internet, programa de eventos agradáveis, apoio individualizado e produção artística. CONCLUSÃO: Concluímos que o campo de utilização de terapias psicossociais é promissor e deve ser encorajado na abordagem familiar do paciente com demência, haja visto os benefícios correlacionados a elas. Entretanto esbarramos nas possibilidades orçamentárias do SUS, na fragilidade das redes de atenção a saúde, na descrença social para com terapias complementares assim como o preconceito com as doenças psíquicas. Mais estudos e projetos de educação devem ser realizado para maior embasamento e utilização de tais artifícios.

Palavras-chave: Cuidadores, Psicoterapia, Caregivers, Psychotherapy,

Palavras-chave: Cuidadores, Psicoterapia, Caregivers, Psychotherapy,

DOI: 10.5151/xcomusc-12

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

Rodrigues, Bárbara Perini; Silva, Bianca Marcatto da; Lopes, Francisco Rachide; Saccoletto, Giovanna dos Santos; Miguel, Thais Ferreira; Ferreira, Van Damme da Silva; "Influência das terapias complementares na qualidade de vida dos cuidadores de idosos com demência", p. 168-182 . In: Anais do X Congresso Médico Universitário São Camilo. São Paulo: Blucher, 2022.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/xcomusc-12

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