Artigo - Open Access.

Idioma principal

Estratégias das grandes empresas farmacêuticas nacionais na interação Empresa-ICT

Paranhos, Julia ; Perin, Fernanda Steiner ; Mercadante, Eduardo ; Soares, Caroline ;

Artigo:

Oobjetivo do trabalho é analisar as estratégias e as formas organizacionaisempregadas pelas grandes empresas farmacêuticas nacionais (GEFNs) nas parceriascom Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) para a geração de inovação.No setor farmacêutico, indústria baseada em ciência, a fonte de novosconhecimentos se encontra, frequentemente, externa ao ambiente da empresa.Deste modo, a busca pela inovação requer uma definição estratégica por parte daempresa. A pesquisa foi realizada com o método de estudo de caso, com os dadosda Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014 sobre os esforços inovativos das GEFNs epor meio de uma pesquisa de campo com seis GEFNs. Os dados mais recentes dapesquisa de inovação no Brasil mostram mudanças positivas nos esforçosinovativos das GEFNs, envolvendo a maior aproximação com ICTs. Os resultados tambémmostram que as GEFNs possuem estruturas inovativas diferenciadas e estãoempregando efetivamente estratégias para as parcerias com ICTs, por meio dacriação de departamentos de inovação radical, do estabelecimento de comitêscientíficos internos e da internacionalização da pesquisa e desenvolvimento.

Artigo:

Palavras-chave: Estratégias empresariais, interação universidade-empresa, setor farmacêutico, Brasil,

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/enei2018-36

Referências bibliográficas
  • [1] ALBUQUERQUE, E. Sistema nacional de inovação no Brasil: uma análise introdutória a partir de dados disponíveis sobre a ciência e a tecnologia. Revista de Economia Política, 16(3), 1996, 56-72. ARORA, A.; GAMBARDELLA, A. Complementarity and External Linkages: The Strategies of the Large Firms in Biotechnology. The Journal of Industrial Economics, [s.l.], v. 38, n. 4, p.361-379, jun. 1990. BELDERBOS, R. et al. Heterogeneity in R&D cooperation strategies. International Journal of Industrial Organization, [s.l.], v. 22, n. 8-9, p.1237-1263, nov. 2004. BERCOVITZ, J.; FELDMAN, M. Fishing upstream: Firm innovation strategy and university research alliances. Research Policy, [s.l.], v. 36, n. 7, p.930-948, set. 2007. BLAKESLEE, W.; Licensing, partnering, strategic alliances and university relationships. Journal of Commercial Biotechnology, v. 18, p. 68-71, 2012. CASTRO, P.; TEIXEIRA, A.; LIMA, J. A relação entre os canais de transferência de conhecimento das Universidades/IPPS e o desempenho inovativo das firmas no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 13, n. 2, p.345-370, 1 abr. 2014. CGEE – CENTRO DE GESTÃO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS. Competências para inovar na indústria farmacêutica brasileira. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2017. CHAVES, C. et al. The point of view of firms in Minas Gerais about the contribution of universities and research institutes to R&D activities. Research Policy, n. 41, p. 1683– 1695, 2012. CHAVES, G.; HASENCLEVER, L.; OLIVEIRA, M. Conexões entre as políticas de desenvolvimento industrial no setor farmacêutico e a política de saúde no Brasil: um percurso da década de 1930 a 2000. In: HASENCLEVER, L.; OLIVEIRA, M.; PARANHOS, J.; CHAVES, G. (Org.) Desafios de operação e desenvolvimento do complexo industrial da saúde. Rio de Janeiro: E-papers, 2016. COHEN, W.; LEVINTHAL, D. Absorptive capacity: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1, Special issue: Technology, Organizations and Innovation, p. 128-152, 1990. COHEN, W.; NELSON, R.; WALSH, J. Links and Impacts: The Influence of Public Research on Industrial R&D. Management Science, [s.l.], v. 48, n. 1, p.1-23, jan. 2002. DELGADO, I. Política industrial para os setores farmacêutico, automotivo e têxtil na China, Índia e Brasil. Brasília: IPEA, Texto de Discussão, n. 2087, 2015. DEL-VECCHIO, R.; BRITTO, J.; OLIVEIRA, B. Patterns of university–industry interactions in Brazil: an exploratory analysis using the instrumental of graph theory. Quality & Quantity, [s.l.], p.1-26, 7 maio 2013. DEWAR, R.; DUTTON, J. The Adoption of Radical and Incremental Innovations: An Empirical Analysis. Management Science, [s.l.], v. 32, n. 11, p.1422-1433, nov. 1986. DODGSON, M. Technological Collaboration in Industry: Strategy, Policy, and Internationalization in Innovation. Routledge, 1993. FILIERI, R. et al. Structural social capital evolution and knowledge transfer: Evidence from an Irish pharmaceutical network. Industrial Marketing Management, [s.l.], v. 43, n. 3, p.429-440, abr. 2014. FORÉS, B.; CAMISÓN, C. Does incremental and radical innovation performance depend on different types of knowledge accumulation capabilities and organizational size? Journal of Business Research, [s.l.], v. 69, n. 2, p.831-848, fev. 2016. GOMES, E. B. P. Clusters e Biotecnologia para a superação da imitação: estudo de caso da indústria farmacêutica brasileira. Rio de Janeiro: Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento/Instituto de Economia/UFRJ, 2014. (Tese de Doutorado) HASENCLEVER, L et al. Uma análise das políticas industriais e tecnológicas entre 2003- 2014 e suas implicações para o complexo industrial da saúde. In: HASENCLEVER, L.; OLIVEIRA, M.; PARANHOS, J.; CHAVES, G. (Org.) Desafios de operação e desenvolvimento do complexo industrial da saúde. Rio de Janeiro: E-papers, 2016. HESS, A.; ROTHAERMEL, F. When Are Assets Complementary? Star Scientists, Strategic Alliances, and Innovation in the Pharmaceutical Industry. Strategic Management Journal, v. 32, p. 895-909, 201 HOTTENROTT, H.; LOPES-BENTO, C. Quantity or Quality? Collaboration Strategies in Research and Development and Incentives to Patent. ZEW Discussion Paper, n. 47, 2012. KATZ, J. Pasado y presente del comportamiento tecnológico de América Latina. 75. ed. Santiago: Cepal, 2000. 80 p. (Series de la CEPAL). LEMOS, D.; CARIO, S. Análise da interação universidade-empresa para o desenvolvimento inovativo a partir da perspectiva teórica institucionalista-evolucionária. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 14, n. 2, p.361-382, 10 set. 2015. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2016. MCDERMOTT, C.; O'CONNOR, G. Managing Radical Innovation: An Overview of Emergent Strategy Issues. Journal of Product Innovation Management. 19. 424-438, 2002. PARANHOS, J. Interação entre empresas e instituições de ciência e tecnologia: o caso do sistema farmacêutico de inovação brasileiro. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012. PARANHOS, J.; MERCADANTE, E. O panorama político-econômico da harmonização ao Acordo Trips e da consolidação do setor farmacêutico brasileiro. In: MEZENES, H. (Org.) Propriedade Intelectual, Inovação Tecnológica e Saúde. João Pessoa: Editora UFPB, 2017. PARANHOS, J.; MERCADANTE, E.; HASENCLEVER, L. Alteração no padrão de esforços de inovação das grandes empresas farmacêuticas no Brasil, 2008-201 In: HASENCLEVER, L.; OLIVEIRA, M.; PARANHOS, J.; CHAVES, G. (Org.) Desafios de operação e desenvolvimento do complexo industrial da saúde. Rio de Janeiro: E-papers, 2016. PARANHOS, J. et al. Potenciais e vulnerabilidades da interação empresa e instituições científicas e tecnológicas no setor farmacêutico: a visão dos atores. In: HASENCLEVER, L.; PARANHOS, J.; CHAVES, G.; OLIVEIRA, M. (Org.) Vulnerabilidades do Complexo Industrial da Saúde: reflexos das políticas industrial e tecnológica na produção local e assistência farmacêutica. Rio de Janeiro: E-papers, 2018. PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: Towards a taxonomy and a theory. Research Policy, [s.l.], v.13, n. 6, p.343-373, dez. 1984. PIMENTEL, V. P. Apropriação da Inovação na Indústria Farmacêutica: Um novo modelo de negócios? 2010. 78 f. Monografia - Curso de Ciências Econômicas, Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. PISANO, G. The governance of innovation: Vertical integration and collaborative arrangements in the biotechnology industry. Research Policy, [s.l.], v. 20, n. 3, p.237-249, jun. 199 RAPINI, M.; OLIVEIRA, V.; CALIARI, T. Como a interação universidade-empresa é remunerada no Brasil: evidências dos grupos de pesquisa do CNPq. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 15, n. 2, p.219-246, 28 ago. 2016. RAPINI, M.. et al. University-industry interactions in an immature system of innovation: evidence from Minas Gerais, Brazil. Science and Public Policy 36, p. 373-386, 2009. RADAELLI, V. A Nova Conformação Setorial da Indústria Farmacêutica Mundial: redesenho nas pesquisas e ingresso de novos atores. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 7, n. 2, p.445-482, 24 jun. 2008. ROSENBERG, N.; NELSON, R. American universities and technical advance in industry. Research Policy, [s.l.], v. 23, n. 3, p.323-348, may, 1994. SCHILLING, M. Strategic Management of Technological Innovation. New York: McGraw-Hill Irwin, 2006. SOH, P-H.; SUBRAMANIAN, A. When do firms benefit from university–industry R&D collaborations? The implications of firm R&D focus on scientific research and technological recombination. Journal of Business Venturing, v. 29, p. 807–821, 2014. STRÜCKER, A.; CYTRYNOWICZ, M. Origens e trajetórias da indústria farmacêutica no Brasil. São Paulo: Narrativa Um, 2007. STUART, T.E. (2000). Interorganizational Alliances and the Performance of Firms: A Study of Growth and Innovation Rates in a Hightechnology Industry. Strategic Management Journal 21: 791–811, 2000. SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. The underestimated role of universities for the Brazilian system of innovation. Revista de Economia Política, [s.l.], v. 31, n. 1, p.03-30, mar. 201 TEECE, D. Profiting from Technological Innovation: implications for integration, collaboration, licensing and public policy. In: TEECE, D. (org.) The Competitive Challenge: strategies for industrial innovation and renewal. Cambridge: Balinger Publishing Company, 1987. TEECE, D. Explicating Dynamics Capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, v. 28, p. 1319-1350, 2007. TEIXEIRA, A. et al. Dimensões da capacidade de absorção, qualificação da mão de obra, P&D e desempenho inovativo. Revista Brasileira de Inovação, [s.l.], v. 15, n. 1, p.139-163, 16 mar. 2016. TORRES, R. L. Capacitação Tecnológica na Indústria Farmacêutica Brasileira. Rio de Janeiro: Programa de Pós-graduação em Economia/Instituto de Economia/UFRJ, 2015. (Tese de Doutorado) TRALAU-STEWART, C. J. et al. Drug discovery: new models for industry–academic partnerships. Drug Discovery Today, [s.l.], v. 14, n. 1-2, p.95-101, jan. 2009. TRIULZI, G.; PYKA, A.; SCHOLZ, R. R&D and knowledge dynamics in university-industry relationships in biotech and pharmaceuticals: an agent-based model. Int. J. Biotechnology, v. 13, n. 1/2/3, p. 137-179, 2014. VELHO, L.; SAENZ, T. R&D in the public and private sector in Brazil: complements or substitutes? Discussion Paper 2002-8 UNU/INTECH. Acessado em: 15/01/2003. Disponível em: http://www.intech.unu.edu/publications/discussion-papers/2002-8.pdf VEUGELERS, R.; CASSIMAN, B. R&D cooperation between firms and universities. Some empirical evidence from Belgian manufacturing. International Journal of Industrial Organization, [s.l.], v. 23, n. 5-6, p.355-379, jun. 2005. ZEDTWITZ, M.; GASSMANN, O. Market versus technology drive in R&D internationalization: four different patterns of managing research and development. Research Policy, [s.l.], v. 31, n. 4, p.569-588, may 2002. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Como citar:

Paranhos, Julia; Perin, Fernanda Steiner; Mercadante, Eduardo; Soares, Caroline; "Estratégias das grandes empresas farmacêuticas nacionais na interação Empresa-ICT", p. 644-660 . In: . São Paulo: Blucher, 2018.
ISSN 2357-7592, DOI 10.5151/enei2018-36

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações