Outubro 2020 vol. 6 num. 4 - XXII Jornada Cone Sul de Reumatologia

Resumo - Open Access.

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Escleromalácia secundária à artrite reumatoide: um relato de caso

Escleromalácia secundária à artrite reumatoide: um relato de caso

Kurmann, AC ; Mocellin, AF ; Frana, E ; Lando, E ; Senter, G ; Zanotto, LL ; Menegolla, N ; Felizola, PDM ; Pavan, TR ; Pellizzari, T ;

Resumo:

Introdução: A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença autoimune de acometimento sistêmico caracterizada por poliartrite simétrica periférica¹. O quadro inflamatório crônico em articulações apresenta-se na maioria dos casos, porém manifestações extra-articulares também podem estar associadas a doença. As manifestações oculares podem apresentar-se como ceratoconjuntivite, episclerite, esclerite, alterações da córnea e vasculite retiniana. Escleromalácia é uma forma grave e rara de esclerite necrotizante apresentada pelo tom azul e pelo afinamento progressivo da esclera ocular². Objetivos: O presente relato visa discutir o caso de paciente portadora de AR de longa data, que desenvolveu manifestação oftalmológica rara da doença, a escleromalácia. Relato do caso: Paciente feminina, 40 anos, portadora de AR desde os 17 anos, com deformidades em mãos, punhos e pés, fator reumatoide 512, em uso de metotrexate 20mg por semana, ácido fólico 5mg por semana e predinisona 10mg ao dia. Em consulta com oftalmologista por queixa de xeroftalmia, observou-se aspecto escurecido em volta da córnea e afinamento da esclera, achados compatíveis com escleromalácia. Diante do quadro, o tratamento foi otimizado, com associação de terapia anti-TNF. Discussão: A esclerite é uma doença inflamatória, dolorosa e que pode levar à cegueira, caracterizada por edema e infiltrado celular inflamatório na esclera3. É uma condição rara, afetando cerca de 6,3% dos pacientes com AR4. Dentre as formas de apresentação, a esclerite necrotizante sem inflamação (escleromalácia) é a mais ameaçadora e está relacionada com doenças autoimunes3. A escleromalácia possui prevalência pelo sexo feminino e tem relação com AR de longa duração4. Há presença de um arco em tom azul escuro ao redor da córnea, causado pelo afinamento da esclera5. As consequências visuais são severas, sendo que a mais temida é a perfuração4,6. Não existe tratamento específico, sendo que a intensificação do tratamento da doença de base é recomendada3,4. Conclusão: As manifestações oculares acometem cerca de 25% dos pacientes portadores de AR. As esclerites são mais prevalentes em indivíduos com doenças do tecido conjuntivo que na população em geral6. A escleromalácia, a forma mais severa da esclerite, é também a menos frequente3. As complicações podem ser graves, incluindo a perfuração, sendo por isso necessário intensificar o tratamento da doença de base, uma vez que não existe tratamento específico3,4.

Resumo:

Introdução: A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença autoimune de acometimento sistêmico caracterizada por poliartrite simétrica periférica¹. O quadro inflamatório crônico em articulações apresenta-se na maioria dos casos, porém manifestações extra-articulares também podem estar associadas a doença. As manifestações oculares podem apresentar-se como ceratoconjuntivite, episclerite, esclerite, alterações da córnea e vasculite retiniana. Escleromalácia é uma forma grave e rara de esclerite necrotizante apresentada pelo tom azul e pelo afinamento progressivo da esclera ocular². Objetivos: O presente relato visa discutir o caso de paciente portadora de AR de longa data, que desenvolveu manifestação oftalmológica rara da doença, a escleromalácia. Relato do caso: Paciente feminina, 40 anos, portadora de AR desde os 17 anos, com deformidades em mãos, punhos e pés, fator reumatoide 512, em uso de metotrexate 20mg por semana, ácido fólico 5mg por semana e predinisona 10mg ao dia. Em consulta com oftalmologista por queixa de xeroftalmia, observou-se aspecto escurecido em volta da córnea e afinamento da esclera, achados compatíveis com escleromalácia. Diante do quadro, o tratamento foi otimizado, com associação de terapia anti-TNF. Discussão: A esclerite é uma doença inflamatória, dolorosa e que pode levar à cegueira, caracterizada por edema e infiltrado celular inflamatório na esclera3. É uma condição rara, afetando cerca de 6,3% dos pacientes com AR4. Dentre as formas de apresentação, a esclerite necrotizante sem inflamação (escleromalácia) é a mais ameaçadora e está relacionada com doenças autoimunes3. A escleromalácia possui prevalência pelo sexo feminino e tem relação com AR de longa duração4. Há presença de um arco em tom azul escuro ao redor da córnea, causado pelo afinamento da esclera5. As consequências visuais são severas, sendo que a mais temida é a perfuração4,6. Não existe tratamento específico, sendo que a intensificação do tratamento da doença de base é recomendada3,4. Conclusão: As manifestações oculares acometem cerca de 25% dos pacientes portadores de AR. As esclerites são mais prevalentes em indivíduos com doenças do tecido conjuntivo que na população em geral6. A escleromalácia, a forma mais severa da esclerite, é também a menos frequente3. As complicações podem ser graves, incluindo a perfuração, sendo por isso necessário intensificar o tratamento da doença de base, uma vez que não existe tratamento específico3,4.

Palavras-chave: Artrite reumatóide; Manifestações oculares; Escleromalácia,

Palavras-chave: Artrite reumatóide; Manifestações oculares; Escleromalácia,

DOI: 10.5151/xxiijcsr2020-PO1

Referências bibliográficas
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Como citar:

Kurmann, AC; Mocellin, AF; Frana, E; Lando, E; Senter, G; Zanotto, LL; Menegolla, N; Felizola, PDM; Pavan, TR; Pellizzari, T; "Escleromalácia secundária à artrite reumatoide: um relato de caso", p. 1 . In: Anais da XXII Jornada Cone Sul de Reumatologia. São Paulo: Blucher, 2020.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/xxiijcsr2020-PO1

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