Revisão de Literatura:

"INTRODUÇÃOO uso de cigarros eletrônicos cresceu rapidamente no mundo. O impacto dessevício ainda não é completamente elucidado, mas sabe-se que ele leva àdependência à nicotina. O ato de fumar durante a gravidez é mais incidenteentre mulheres jovens e de baixo nível socioeconômico. Durante a gestação, oabuso de nicotina aumenta risco de parto prematuro, recém-nascido (RN) pequenopara a idade gestacional, aborto, função placentária alterada edesenvolvimento fetal pulmonar e cerebral prejudicado, sendo um preditor derisco para a saúde materno/fetal e associado a uma maior morbimortalidadeinfantil e obstétrica.OBJETIVOElucidar os impactos do cigarro eletrônico na gravidez e no binômio da saúdematerno-fetal.MÉTODOSTrata-se de revisão sistemática da literatura, cujos estudos incluídos foramselecionados na base de dados PUBMED. Os descritores utilizados, por meio dostermos MESH, foram: “eletronic cigarettes” e “pregnancy”. Estudos clínicosdisponíveis na íntegra em inglês ou português nos últimos dez anos foramincluídos e estudos realizados em animais, duplicados, metanálise e revisãosistemática foram excluídos.RESULTADOSMulheres gravidas fumantes, em comparação às não fumantes, foram menosmotivadas a permanecer sem fumar após o parto, possuem característicasreprodutivas menos favoráveis e menores sintomas físicos da gravidez. Umestudo prospectivo analisou os impactos dos níveis de  Monóxido de CarbonoRespiratório (BCO) ≥ 3ppm no início da gravidez e o associou  a riscoaumentado de cesariana de emergência, baixo peso ao nascer e sofrimento fetal,além de uma taxa de indução ao parto 12% maior e taxa de uso de fórceps 7%maior. Um estudo com o total de 218 mulheres com uso exclusivo de cigarroeletrônico (CE) e 195 mulheres com duplo uso de cigarro e CE constatou que osRNs nascidos de usuárias de CE tiveram um peso médio ao nascer de 3470g,semelhante ao de não fumantes e significativamente maior do que o de fumantes.CONCLUSÃOO tabagismo na gestação piora do prognóstico da gravidez, aumentando o riscode eventos adversos como cesariana de emergência e abortos espontâneos. Alémdisso, ressaltou-se que o acompanhamento clínico de rotina é eficaz para ocontrole do uso do tabaco e, consequentemente, para a redução dos efeitosadversos na saúde materno-fetal. Assim, o correto acompanhamento pré-natal,principalmente de gestantes tabagistas, é de extrema necessidade no que tangea melhora da morbimortalidade infantil e obstétrica."