Junho 2019 vol. 2 num. 1 - Encontro Anual da Biofísica 2019

Resumo - Open Access.

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EFEITO DA VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DE TENSOATIVO E DA PRESENÇA DE TIO2 NA ESTRUTURA E OCLUSIVIDADE DE FORMULAÇÕES DE PROTETORES SOLARES MULTIFUNCIONAIS

EFEITO DA VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DE TENSOATIVO E DA PRESENÇA DE TIO2 NA ESTRUTURA E OCLUSIVIDADE DE FORMULAÇÕES DE PROTETORES SOLARES MULTIFUNCIONAIS

Santana, Bárbara Vasconcelos ; Lima, Camila Cruz ; Manaia, Eloísa Berbel ; Kaminski, Renata Cristina Kiatkoski ;

Resumo:

Quando usados corretamente, os protetores solares são a forma mais efetiva para a proteção contra a radiação solar. Filtros solares ultravioleta (UV) inorgânicos, como o TiO2 (dióxido de titânio), com suas partículas em escala nanométrica, são boas alternativas para o uso em protetores solares. Tais filtros apresentam vantagens como transparência, amplo espectro de proteção e serem hipoalergênicos1. Para a obtenção de um protetor solar multifuncional, alguns ativos, como óleos vegetais podem ser adicionados à formulação, como por exemplo o óleo de pracaxi (Pentaclethra macroloba), que é um óleo amazônico com propriedades repelente e inseticida, além de ter poder hidratante2. Para uma possível liberação controlada desses ativos, pode-se utilizar sistemas estabilizados por tensoativos, como os cristais líquidos e as microemulsões. Assim, este trabalho tem como objetivo estudar a influência da quantidade de tensoativo e da adição de nanopartículas de TiO2 na estrutura e na oclusividade de sistemas líquido cristalinos e microemulsionados formados pela mistura ternária tensoativo/fase oleosa/água (T/O/A), utilizando-se como fase oleosa o óleo de pracaxi. O tensoativo utilizado foi o Polisorbato 80 e suas quantidades foram variadas em 30, 40, 50 e 60 %, a fim de estudar melhor a estrutura dos sistemas formados. As caracterizações estruturais das formulações foram feitas por Espalhamento de Raios X a baixo ângulo (SAXS) e reologia de fluxo. A partir delas, foi possível observar, que o aumento da quantidade de tensoativo nos sistemas provocou tendência ao aumento da sua estruturação pela provável formação de sistemas viscosos semelhantes a gel3. As formulações contendo 30% de tensoativo apresentaram um caráter pseudoplástico adequado para protetores solares, sendo assim, adicionou-se a elas o TiO2 e as mesmas foram estudadas por SAXS e reologia de fluxo. Os resultados indicaram que a adição das nanopartículas às formulações causa alteração na interação entre os seus componentes, mas não altera a estrutura cristalina do sistema. A medida da capacidade oclusiva in vitro das formulações, foi analisada através do método de Vringer. Em um primeiro momento, variou-se as quantidades de água e óleo das formulações com 30% de tensoativo. Os resultados mostraram a tendência ao aumento da capacidade oclusiva nas formulações contendo maiores quantidades de óleo, pela formação de um filme hidrofóbico que diminui a perda de água do sistema. Nas formulações contendo TiO2, a capacidade oclusiva foi aumentada, devido a capacidade das nanopartículas de formar um filme depois da aplicação.

Resumo:

Quando usados corretamente, os protetores solares são a forma mais efetiva para a proteção contra a radiação solar. Filtros solares ultravioleta (UV) inorgânicos, como o TiO2 (dióxido de titânio), com suas partículas em escala nanométrica, são boas alternativas para o uso em protetores solares. Tais filtros apresentam vantagens como transparência, amplo espectro de proteção e serem hipoalergênicos1. Para a obtenção de um protetor solar multifuncional, alguns ativos, como óleos vegetais podem ser adicionados à formulação, como por exemplo o óleo de pracaxi (Pentaclethra macroloba), que é um óleo amazônico com propriedades repelente e inseticida, além de ter poder hidratante2. Para uma possível liberação controlada desses ativos, pode-se utilizar sistemas estabilizados por tensoativos, como os cristais líquidos e as microemulsões. Assim, este trabalho tem como objetivo estudar a influência da quantidade de tensoativo e da adição de nanopartículas de TiO2 na estrutura e na oclusividade de sistemas líquido cristalinos e microemulsionados formados pela mistura ternária tensoativo/fase oleosa/água (T/O/A), utilizando-se como fase oleosa o óleo de pracaxi. O tensoativo utilizado foi o Polisorbato 80 e suas quantidades foram variadas em 30, 40, 50 e 60 %, a fim de estudar melhor a estrutura dos sistemas formados. As caracterizações estruturais das formulações foram feitas por Espalhamento de Raios X a baixo ângulo (SAXS) e reologia de fluxo. A partir delas, foi possível observar, que o aumento da quantidade de tensoativo nos sistemas provocou tendência ao aumento da sua estruturação pela provável formação de sistemas viscosos semelhantes a gel3. As formulações contendo 30% de tensoativo apresentaram um caráter pseudoplástico adequado para protetores solares, sendo assim, adicionou-se a elas o TiO2 e as mesmas foram estudadas por SAXS e reologia de fluxo. Os resultados indicaram que a adição das nanopartículas às formulações causa alteração na interação entre os seus componentes, mas não altera a estrutura cristalina do sistema. A medida da capacidade oclusiva in vitro das formulações, foi analisada através do método de Vringer. Em um primeiro momento, variou-se as quantidades de água e óleo das formulações com 30% de tensoativo. Os resultados mostraram a tendência ao aumento da capacidade oclusiva nas formulações contendo maiores quantidades de óleo, pela formação de um filme hidrofóbico que diminui a perda de água do sistema. Nas formulações contendo TiO2, a capacidade oclusiva foi aumentada, devido a capacidade das nanopartículas de formar um filme depois da aplicação.

Palavras-chave: -,

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DOI: 10.5151/biofisica2019-75

Referências bibliográficas
  • [1] -
Como citar:

Santana, Bárbara Vasconcelos; Lima, Camila Cruz; Manaia, Eloísa Berbel; Kaminski, Renata Cristina Kiatkoski; "EFEITO DA VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DE TENSOATIVO E DA PRESENÇA DE TIO2 NA ESTRUTURA E OCLUSIVIDADE DE FORMULAÇÕES DE PROTETORES SOLARES MULTIFUNCIONAIS", p. 215 . In: Anais do Encontro Anual da Biofísica 2019. São Paulo: Blucher, 2019.
ISSN 2526--607-1, DOI 10.5151/biofisica2019-75

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