CIDI - Open Access.

Idioma principal | Segundo idioma

Design em favor de mulheres potiguares LGBTQIAP+: pertencimento em espaços públicos

Design in favor of LGBTQIAP+ potiguar women: belonging in public spaces

Cavalcante, Amannda ; TORRES, LORENA GOMES ; Bastos, Helena Rugai ;

CIDI:

O artigo objetiva apresentar o processo desenvolvido para a concepção de aplicativo, que contribui para a segurança e a percepção de pertencimento de mulheres potiguares LGBTQIAP+ nos espaços públicos de Natal/RN. A investigação revelou muitas questões atreladas ao preconceito, além da percepção desta comunidade sobre a subutilização de espaços na cidade, produto da falta de segurança e do abandono de regiões. Com esta orientação foi possível indicar oportunidade de projeto, que articula conhecimentos sobre design de/para serviços e design da informação. Buscou-se adotar para o desenvolvimento do projeto abordagens metodológicas participativas e colaborativas, que contribuíram para levantamento de dados e no processo criativo. Este artigo apresenta síntese da pesquisa realizada sobre a temática e o público, por meio de revisão da literatura sobre identidade de gênero, sexualidade, espaços públicos e possibilidades de apropriação da sociedade, traçando um paralelo com o conceito de cidade instantânea. O estudo embasou a seleção de abordagens e de procedimentos para o desenvolvimento de projeto, fundamentada nas experiências do público, nos conceitos do design de informações para serviços. Este processo metodológico é descrito neste trabalho.

CIDI:

The article aims to present the development process for the design of an application, which contributes to safety and perception of belonging of LGBTQIAP+ potiguar women in public spaces of Natal/RN. The investigation revealed many issues linked to prejudice, in addition to the perception of this community about the underutilization of public spaces in the city, a result of the lack of security and the abandonment of regions. With this orientation, it was possible to indicate a project opportunity, which articulates knowledge about design of/for services and information design. For the development of the project, participatory and collaborative methodological approaches were adopted for data collection and in the creative process. This article presents a summary of the research carried out on the subject and the targeted audience, through a review of the literature on gender identity, sexuality, public spaces and possibilities of appropriation by society, drawing a parallel with the concept of “Instant City”. The study based the selection of approaches and procedures for project development, based on the public's experiences, on the concepts of information design for services. This methodological process is described in this work.

Palavras-chave: mulheres LGBTQIA+, segurança em espaços públicos, design de produtos digitais, metodologia de projeto,

Palavras-chave: LGBTQIAP+ women, safety in public spaces, digital products design, design methodology,

DOI: 10.5151/cidiconcic2023-86_650435

Referências bibliográficas
  • [1] Alex, S. (2008). Projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público. 2. ed. São Paulo, SP: Senac São Paulo.
  • [2] BBC News. (2018). Estas são as 50 cidades mais violentas do mundo (e 17 estão no Brasil) [Online]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43309946
  • [3] Beauvoir, S. de. (1970). O segundo sexo: fatos e mitos. 4. ed. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.
  • [4] Bonsiepe, G. (1999). Del objeto a la interfase: mutaciones del diseño. Buenos Aires: Ediciones Infinito.
  • [5] Bonsiepe, G. (2011). Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blucher
  • [6] Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
  • [7] Britzman, D. (1996). O que é esta coisa chamada amor – identidade homossexual, educação e currículo. Revista Educação e Realidade, 21(1), 71-96.
  • [8] Butler, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
  • [9] Comissão Interamericana de Direitos Humanos. (2015). Violência contra pessoas LGBTI. S.l.: Organização dos Estados Americanos; CIDH.
  • [10] Connell, R. (2009). Gender: In World Perspective. Cambridge: Polity Press.
  • [11] Enke, A. F. (Ed.). (2012). Transfeminist perspectives in and beyond transgender and gender studies. Philadelphia, PA: Temple University Press. Disponível em https://anistia.org.br/noticias/brasil-lidera-numero-de-assassinatos-de-diversos-grupos-de-pessoas-em-2017-aponta-anistia-internacional-em-novo-relatorio/
  • [12] Foucault, M. (1998). Microfísica do poder. 13. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal.
  • [13] Foucault, M. (1999). História da sexualidade I: a vontade de saber. Ed. Rio de Janeiro: Edições Graal.
  • [14] Frascara. J. (2011). ¿Qué es el diseño de información? Buenos Aires: Ediciones Infinito.
  • [15] Garret Jr. As 50 cidades mais violentas do mundo (o Brasil tem 10 na lista). Portal Exame. Disponível em
  • [16] https://exame.com/mundo/as-50-cidades-mais-violentas-do-mundo-o-brasil-tem-10-na-lista/
  • [17] Gomes, P.C.C. (2002). A condição urbana: ensaios de geopolítica da cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
  • [18] Jacobson, R. (ed.). (2000). Information design. Cambridge (MA): The MIT Press.
  • [19] Katz, J. N. (1996). A invenção da heterossexualidade. Rio de Janeiro: Ediouro.
  • [20] Laurenti, R. (1984). Homossexualismo e a classificação internacional de doenças. Revista Saúde Pública, 18(5). Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101984000500002
  • [21] Lemos, A. (1997). Anjos interativos e retribalização do mundo. Sobre interatividade e interfaces digitais. Revista Tendências 21(2). Lisboa: APDC, p. 19-29. Disponível em
  • [22] http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/interativo.pdf
  • [23] Maia, M. R. (2013). Cidade Instantânea (IC). [Tese de doutorado, não publicada] Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo.
  • [24] Martin, B., & Hanington, B. (2012). Universal Methods of Design. USA: Rockport Publishers.
  • [25] Mendonça, E. M. S. (2007). Apropriações do espaço público: alguns conceitos. Estudos e pesquisas em Psicologia, UERJ, 7(2), 123-137.
  • [26] Meroni, A., & Sangiorgi, D. (2011). Design for services. Farnham/Surrey, UK: MPG Book Group.
  • [27] Princípios de Yogyakarta: princípios sobre a aplicação de legislação internacional dos direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero [recurso digital]. jul. 2007. Disponível em
  • [28] http://www.clam.org.br › principios_de_yogyakarta.pdf.
  • [29] Sá, A. J. de, & Cruz, L. M. da. (2011). “Medo urbano” e suas novas formas geográficas. Recife: Ed. Universitária da UFPQ: CCS Gráfica e Editora.
  • [30] Santos, F. (2017). Homossexualidade não é doença segundo a OMS: entenda. Terra [online]. Disponível em
  • [31] https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/ha-21-anos-homossexualismo-deixou-de-ser-considerado-doenca-pela-oms,0bb88c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html.
  • [32] Schmitz, A. Grupo dignidade - Mortes violentas de LGBT+ Brasil: Observatório do Grupo Gay da Bahia, 2022. Grupo Dignidade. Disponível em https://cedoc.grupodignidade.org.br/2023/01/19/mortes-violentas-de-lgbt-brasil-observatorio-do-grupo-gay-da-bahia-2022/
  • [33] Schneider, J., & Stickdorn, M. (Orgs.). (2014). Isto é design thinking de serviços. Porto Alegre: Bookman.
Como citar:

Cavalcante, Amannda; TORRES, LORENA GOMES; Bastos, Helena Rugai; "Design em favor de mulheres potiguares LGBTQIAP+: pertencimento em espaços públicos", p. 1303-1318 . In: . São Paulo: Blucher, 2024.
ISSN 2318-6968, DOI 10.5151/cidiconcic2023-86_650435

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações