Revisão de Literatura:

**Introdução: **A retinopatia diabética (RD) é uma complicação na microcirculação da retina resultante das diabetes mellitus (DM), que consiste no aumento da permeabilidade vascular e na isquemia retiniana, sendo essa doença a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 75 anos. No entanto, vale salientar que a cegueira pode cair para menos de 5% dos casos, se a retinopatia for detectada precocemente e o tratamento ade­quado for realizado. Assim, o uso de ranibizumabe na terapêutica dessa patologia vem sendo bastante importante quando comparado ao tratamento usual com a fotocoagulação panretinal (PRP). **Objetivos: **Avaliar o uso de ranibizumabe em pacientes com retinopatia diabética. **Métodos:** Trata-se de um estudo descritivo, baseados em uma retrospectiva da literatura. Utilizou-se os descritores “Ranibizumab”, “Diabetic Retinopathy” e “Therapy” em inglês e português nas plataformas Scholar Google, PubMed e Scielo. Foram obtidos 307 artigos, dos quais 42 tiveram seus resumos analisados e 20 foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão: artigos gratuitos, publicados no período de 2015 a 2020, em língua inglesa e portuguesa. **Resultados: **A droga ranibizumabe com anticorpos monoclonais é capaz de bloquear a ação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) que produz toda a cascata de angiogênese, por isso, ela tem um potente papel no tratamento alternativo dessa doença. Primeiramente, ressalta-se que a retinopatia diabética causa um processo de necrose na periferia da retina devido à hipóxia. Então, quando comparado o fármaco ao método de escolha usual (PRP), ele apresenta benefícios quanto à preservação e renovação das células periféricas, que são destruídas pelo laser em uma tentativa de restaurar a visão principal. Além disso, em vários estudos demonstrou-se que pacientes com pressão arterial mais alta que se trataram com PRP tiveram menos melhorias na visão, tendo maior propensão a desenvolver deficiência visual por edema macular e anormalidades cistóides. Porém, ambos os métodos trazem mudanças e devem ser escolhidos baseado também no raciocínio clínico. **Conclusão: **O ranibizumabe atua na porção vascular atingida pela patologia crônica, proporcionando uma recuperação das células e da visão. Assim, ela demonstra ser um tratamento promissor no futuro, visto que fotocoagulação e a vitrectomia (indicada em casos severos) são técnicas que realmente impedem a progressão da perda visual, mas não recuperam o que foi perdido.