Trabalho completo:

A resposta de um veículo frente às rugosidades presentes nas rodovias e não-uniformidade entre pneu-roda pode ser avaliada a partir de modelos massas-molas-amortecedores. Esses modelos calculam a resposta em termos de deslocabilidades dos graus de liberdade (GDL) representados e sua variação ao longo do tempo. Isso possibilita avaliar conforto, estabilidade e curso de suspensão, importantes parâmetros para os dinamicistas de veículos aferirem o desempenho da suspensão, junto à concordância com as premissas de projeto impostas. Ferramentas de engenharia auxiliadas por computador como a robusta técnica de dinâmica multicorpos computacional se mostram extremamente úteis e com um potencial de aplicação elevado. Entretanto, são reféns de alto tempo de pré-processamento e necessidade de um grande volume de dados. Com isso em mente, modelos com menos GDL se tornam interessantes na fase conceitual de um projeto de automóvel pelo fato de serem menos exigentes nos requisitos de caracterização do veículo, além de serem facilmente aplicados. Neste trabalho, faz-se um estudo comparativo e um detalhamento de contextos de aplicação entre os 4 principais modelos de dinâmica vertical: 1 grau de liberdade, 1/4 de carro com 2 GDL, 1/2 de carro com 4 GDL, e, por fim, o carro completo com 7 GDL.