Outubro 2021 vol. 7 num. 1 - V Congresso de Escolas Médicas

Trabalho Epidemiológico - Open Access.

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COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE MENINGITE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM GOIÁS E NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2018

COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE MENINGITE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM GOIÁS E NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2018

Ribeiro, Cejane Domingues ; Rocha , Victor Oliveira Coutinho ; Martins, Maria Elvira Freitas ; Spagnol , Joana Ermida ; Ambrósio, Beatriz da Matta ; Vieira, Lorena Tassara Quirino ;

Trabalho Epidemiológico:

**INTRODUÇÃO:** Meningite é a inflamação das meninges, caracterizada por rigidez de nuca, febre, convulsões, vômitos, rebaixamento do nível de consciência e até sepse. Trata-se de uma doença grave, em que a população de crianças e adolescentes se destacam pela maior vulnerabilidade. **OBJETIVOS:** Comparar a tendência da taxa de incidência de meningite em crianças e adolescentes, entre 2010 e 2018, no estado de Goiás e no Brasil.** MÉTODOS:** Estudo analítico, observacional, longitudinal e retrospectivo. Obteve-se os dados dos casos confirmados de meningite do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) e os populacionais, do IBGE. Incluiu-se os indivíduos de 0 a 19 anos, notificados em Goiás e em todo o Brasil, entre 2010 e 2018. Estratificou-se os dados por faixa etária e calculou-se o coeficiente de incidência por 100.000 habitantes. A tendência do coeficiente de incidência (CI) ao longo do tempo foi determinada pela regressão linear segmentada (joinpoint regression), sendo variável dependente a transformação logarítmica natural das CI e variável regressora o ano. Obteve-se as variações percentuais anuais (APCs) das CI e seus intervalos de 95% de confiança (IC95%). **RESULTADOS:** Observou-se redução na incidência absoluta de casos tanto em Goiás quanto no Brasil, em todas as faixas etárias. Em crianças de 0 a 4 anos, a tendência do CI foi decrescente em Goiás (APC= -10,9; IC95%= -15,5; -6,1), mas estacionária no Brasil (APC= -1,3; IC95%= -3,1; 0.6). Na faixa de 5 a 9 anos a tendência foi decrescente em Goiás (APC= -13,3; IC95%= -24,8; -0,1) e no Brasil (APC= -6,1; IC95%=-10,8; -1.1). A faixa de 10 a 14 anos em Goiás apresentou o comportamento mais decrescente (APC=-17,4; IC95%=-25.6; -8,4), sendo declinante também a nível nacional (APC=-8,5; IC95%=-12, -5). Por fim, na faixa etária de 15 a 19 anos também houve um comportamento declinante em Goiás (APC=-10,8; IC95%=-18,1; -2,9) e no Brasil (APC=-5,8; IC95%=-8,1; -3,5). **CONCLUSÕES:** Os resultados demonstram que medidas efetivas foram tomadas em relação à profilaxia da meningite, tanto a nível estadual quanto nacional. Merece destaque a implantação das vacinas pneumocócica 10 valente e meningocócica C, em 2010, e da pentavalente em 2012, as quais reduziram os casos de etiologia bacteriana. A redução mais acentuada em Goiás demonstra tanto a eficiência da vacinação no estado e de medidas que reduziram a transmissão por pessoas doentes quanto a persistência da desigualdade em saúde no contexto do país.

Trabalho Epidemiológico:

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Palavras-chave: Meningite em Goiás. Comparação da incidência. Crianças e adolescentes,

Palavras-chave: -,

DOI: 10.5151/cesmed2021-22

Referências bibliográficas
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Como citar:

Ribeiro, Cejane Domingues; Rocha , Victor Oliveira Coutinho ; Martins, Maria Elvira Freitas; Spagnol , Joana Ermida ; Ambrósio, Beatriz da Matta ; Vieira, Lorena Tassara Quirino; "COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE MENINGITE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM GOIÁS E NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010 A 2018", p. 62-64 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2021-22

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