Outubro 2021 vol. 7 num. 2 - IV Congresso de Escolas Médicas

Revisão de Literatura - Open Access.

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Como a disbiose influencia no surgimento e manifestações clínicas da Doença de Parkinson - Uma revisão de Literatura

Como a disbiose influencia no surgimento e manifestações clínicas da Doença de Parkinson - Uma revisão de Literatura

Vieira, Luiz Felipe Melo ; Silva , Paulo Roberto Rodrigues da ; Chagas , Alan Pereira ;

Revisão de Literatura:

**INTRODUÇÃO:** A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo, afetando sobretudo neurônios dopaminérgicos de vias neurais envolvidas no controle motor. Além disso, 75% das pessoas com Parkinson têm algum histórico de distúrbio gastrointestinal precedente, o que sinaliza uma potencial interferência do eixo cérebro-intestino na patogênese da doença. **OBJETIVOS:** O objetivo dessa revisão foi analisar de que maneira um desequilíbrio na microbiota intestinal influencia no desenvolvimento e nas manifestações clínicas do Parkinson.  **MÉTODOS:** Bases de dados eletrônicas (PubMed, MEDLINE e Google Acadêmico) foram consultadas entre 2014 e 2019, com as seguintes palavras-chave: Doença de Parkinson, disbiose e eixo cérebro-intestino. A busca se limitou aos artigos escritos em inglês.** RESULTADOS:** Os sintomas gastrintestinais aparecem cerca de 20 anos antes dos déficits motores nos pacientes com Parkinson. Estudos mostraram neurônios alfa-sinucleína positivos em amostras de mucosa sigmóide coletadas de pacientes de 2 a 5 anos antes de apresentarem sintomas da doença. Experimentos destacam o nervo vago como passagem pela qual a patologia pode ser transmitida para o tronco cerebral inferior por via trans-sináptica em um transporte axonal retrógrado. A microbiota intestinal, por sua vez, produz grande variedade de ligantes de TLR, os quais, podem exercer um papel pró-inflamatório. Em condições fisiológicas, o intestino possui uma elevada tolerância a esses ligantes. Porém, em casos de alteração na composição da microbiota intestinal, a ruptura da barreira intestinal gera ativação desses receptores, desencadeando sinalizações celulares que promovem inflamação e estresse oxidativo no cérebro e no intestino de pacientes com Parkinson. Além disso, altos níveis de LPS podem romper a integridade da barreira hematoencefálica, promovendo neuroinflamação por ativação microglial. **CONCLUSÕES**: Algumas evidências de pesquisa sugerem fortemente que a disbiose intestinal pode influenciar na deposição protéica de alfa-sinucleína, embora haja muitos pontos a serem esclarecidos. Assim, é de suma importância a realização de ensaios clínicos duplo-cegos e randomizados destinados à manipulação de uma disbiose e seu respectivo impacto no quadro clínico dos pacientes com Parkinson, observando as alterações dos níveis de marcadores pró-inflamatórios e buscando correlacionar padrões de disbiose a padrões de alteração clínica.

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DOI: 10.5151/cesmed2019-22

Referências bibliográficas
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Como citar:

Vieira, Luiz Felipe Melo; Silva , Paulo Roberto Rodrigues da; Chagas , Alan Pereira; "Como a disbiose influencia no surgimento e manifestações clínicas da Doença de Parkinson - Uma revisão de Literatura", p. 233-254 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2019-22

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