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Os obstáculos encontrados na produção de bioetanol impulsionam as pesquisas na área de energias renováveis, como as provenientes de resíduos agroindustriais. Quando a obtenção de etanol for viabilizada explorando matérias-primas alternativas, incluindo resíduos agrícolas, teremos um aumento expressivo da oferta de álcool combustível. Nesse contexto, a biomassa de milheto (Pennisetum glaucum) aparece como uma fonte em destaque para a produção de E2G. Sua alta produtividade de 60 t ha-1 de massa verde, associada a um ciclo curto de produção de 120 dias, coloca essa biomassa entre as promissoras para a produção de bioetanol. Dessa forma, com o intuito de flexibilizar a produção deste combustível por meio de diferentes matérias-primas, é preciso desenvolver processos viáveis, que disponibilizem a glicose para posterior conversão a etanol, passando primeiramente, por uma adequada caracterização físico-química da matéria-prima. Assim, neste trabalho, realizou-se a caracterização físico-química da biomassa de milheto quanto à umidade, cinzas, extrativos e lignina insolúvel. O teor de umidade encontrado foi de 2,79%. Os valores encontrados para cinzas, extrativos e lignina insolúvel de 5,27%, 19,47% e 8,62%, respectivamente, mantiveram-se dentro da faixa literária e possuem concordância, sendo favoráveis à produção de bioetanol.