Blucher Engineering Proceedings
- Todas as edições
- Última edição
- Equipe de Produção
- ISSN 2357-7592
AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA EM LABORATÓRIO PARA O TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO
AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA EM LABORATÓRIO PARA O TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO
Malta, Janaína Fagundes; Gianotti, Eloisa Pozzi; Cunha, Davi Gasparini Fernandes
Artigo Completo:
A microcistina é uma toxina produzida por algumas cianobactérias, como a Microcystis aeruginosa, decorrente de episódios de florações fitoplanctônicas observadas em reservatórios de abastecimento público impactados pelas diversas atividades antropogênicas. Devido a sua toxicidade, a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde estabeleceu concentração máxima de 1μg.L-1 como padrão de potabilidade. Processos físico-químicos, empregados na maioria das Estações de Tratamento de Água, possuem eficiência limitada na redução da concentração deste poluente, sendo necessário agregar etapas adicionais ao tratamento. A biodegradação tem surgido como uma alternativa para incrementar a eficiência na remoção de contaminantes recalcitrantes e, consequentemente, promover a melhoria na qualidade da água distribuída para os seus diversos usos múltiplos. Nessa pesquisa, foi avaliado o potencial de remoção biológica de microcistina - LR por meio de ensaios utilizando-se como inóculos culturas purificadas de Sphingomonas sp. e Brevundimonas sp. isoladas de amostra de corpo d`água eutrofizado contendo cianobactérias e amostras coletadas na entrada e saída de filtro rápido de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), sem adição de inóculos trabalhados em laboratório. Os ensaios sem a adição de inóculos trabalhados em laboratório, com comunidade microbiana autóctone, mostrou as melhores eficiências de remoção de microcistina (88%) com concentração remanescente de toxina de, aproximadamente, 1,5μg.L-1, tanto para o crescimento disperso quanto para o aderido da biomassa bacteriana.
A microcistina é uma toxina produzida por algumas cianobactérias, como a Microcystis aeruginosa, decorrente de episódios de florações fitoplanctônicas observadas em reservatórios de abastecimento público impactados pelas diversas atividades antropogênicas. Devido a sua toxicidade, a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde estabeleceu concentração máxima de 1μg.L-1 como padrão de potabilidade. Processos físico-químicos, empregados na maioria das Estações de Tratamento de Água, possuem eficiência limitada na redução da concentração deste poluente, sendo necessário agregar etapas adicionais ao tratamento. A biodegradação tem surgido como uma alternativa para incrementar a eficiência na remoção de contaminantes recalcitrantes e, consequentemente, promover a melhoria na qualidade da água distribuída para os seus diversos usos múltiplos. Nessa pesquisa, foi avaliado o potencial de remoção biológica de microcistina - LR por meio de ensaios utilizando-se como inóculos culturas purificadas de Sphingomonas sp. e Brevundimonas sp. isoladas de amostra de corpo d`água eutrofizado contendo cianobactérias e amostras coletadas na entrada e saída de filtro rápido de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), sem adição de inóculos trabalhados em laboratório. Os ensaios sem a adição de inóculos trabalhados em laboratório, com comunidade microbiana autóctone, mostrou as melhores eficiências de remoção de microcistina (88%) com concentração remanescente de toxina de, aproximadamente, 1,5μg.L-1, tanto para o crescimento disperso quanto para o aderido da biomassa bacteriana.
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/xveneeamb-069
Referências bibliográficas
- [1] BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial da República federativa do Brasil, Brasília, 14 dezembro 2011. Seção 1.
- [2] CHORUS, INGRID; BARTRAM, J. Toxic Cyanobacteria in Water: A guide to their public health consequence monitoring and management. London: [s.n.]. v. 48
- [3] COUSINS, I. T. et al. Biodegradation of microcystin-LR by indigenous mixed bacterial populations. Water Research, v. 30, n. 2, p. 481–485, 1996.
- [4] GAGALA, I.; MANKIEWICZ-BOCZEK, J. The Natural Degradation of Microcystins (Cyanobacterial Hepatotoxins) in Fresh Water - the Future of Modern Treatment Systems and Water Quality Improvement. Polish Journal of Environmental Studies, v. 21, n. 5, p. 1125–1139, 2012.
- [5] HU, L. BIN et al. Isolation of a Methylobacillus sp . that degrades microcystin toxins associated with cyanobacteria. New Biotchnology, v. 26, n. October, 2009.
- [6] JONES, G. J.; OLUT, P. T. Release and degradation of microcystin following algicide treatment of Microcystis Aeruginosa bloom in a recreational lake, as determined by HPLC and protein phosphatase inhibition assay. Water Research, v. 28, n. 4, p. 871–876, 1994.
- [7] LAWTON, L. A. et al. Novel bacterial strains for the removal of microcystins from drinking water. Water Science and Technology, v. 63, n. 6, p. 1137–1142, 2011.
- [8] LEMES, G. A. F. et al. Biodegradation of microcystins by aquatic Burkholderia sp. from a South Brazilian coastal lagoon. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 69, n. 3, p. 358–365, 2008.
- [9] MINILLO, A. et al. Biodegradação da hepatotoxina (D-Leu1) - microcistina-LR por bactérias presentes em filtros biológicos de carvão. Engenharia Sanitaria e Ambiental, v. 18, n. 3, p. 205–214, 2013.
- [10] ORTOLAN, A. V. S. Adsorção com carvão ativado granular e degradação biológica para o tratamento avançado de águas de abastecimento: remoção de microcistina em escala laboratorial. p. 94, 2016.
- [11] RAMANI, A.; REIN, K., SHETTY, K.G.; JAYACHANDRAN, K. Microbial Degradation of Microcystin in Florida`s Freshwaters. Springer Science, v. 23, n. 1, p. 1–7, 2008.
- [12] SAITO, T. et al. Detection and sequencing of the microcystin LR-degrading gene, mlrA, from new bacteria isolated from Japanese lakes. FEMS Microbiology Letters, v. 229, n. 2, p. 271–276, 2003.
- [13] SAITOU, T. et al. Degradation of microcystin by biofilm in practical treatment facility. Water Science and Technology, v. 46, n. 11–12, p. 237–244, 2002.
- [14] SOMDEE, T. et al. Degradation of [ Dha 7 ] MC-LR by a Microcystin Degrading Bacterium Isolated from Lake Rotoiti , New Zealand. ISRN Microbiology, v. 2013, p. 1–8, 2013.
- [15] VALLERO, D. A. Applied Microbial Ecology : Bioremediation. In: Environmental Biotechnology: A Biosystems Approach. 1. ed. [s.l: s.n.]. p. 750.
- [16] WIDDEL, FRIEDRICH; PFENNING, N. Isolation of New Sulfate-Reduzing Bacteria Enriched with Acetate from Saline Environments. Description of Desulfobacter postgatei gen.nov., sp.nov. Archives of Microbiology, n. 129, p. 395–400, 1981.
- [17] ZAIAT, M.; CABRAL, A.K.A.; FORESTI, E. Reator Anaeróbio Horizontal de Leito Fixo Para Tratamento de Águas Residuárias: Concepção e Avaliação Preliminar de Desempenho. Revista Brasileira de Engenharia – Caderno de Engenharia Química, v. 11, n. 2, p. 33-42, 1994.
- [18] ZINDER, S. H. et al. Methanogenesis in a Thermophilic ( 58 ° C ) Anaerobic Digestor : Methanothrix sp . as an Important Aceticlastic Methanogen. Applied and Environmental Microbiology, v. 47, n. 4, p. 796–807, 1984.
- [19] ZINDER, S. H.; KOCH, M. Non-aceticlastic methanogenesis from acetate: acetate oxidation by a thermophilic syntrophic coculture. Archives of Microbiology, n. 138, p. 263–272, 1984.
Como citar:
Malta, Janaína Fagundes; Gianotti, Eloisa Pozzi; Cunha, Davi Gasparini Fernandes; "AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA EM LABORATÓRIO PARA O TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO", p-690-700.
In: .
São Paulo: Blucher,
2017.
ISSN 23577592,
DOI 10.5151/xveneeamb-069
últimos 30 dias
61
downloads
2
visualizações
5
indexações
Sou autor desse trabalho
Você é citado neste trabalho?
Exportar citação - RefWork (RIS)
Copie a citação abaixo ou clique no botão Download para obter um arquivo com os dados
TY - CONF T1 - AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA EM LABORATÓRIO PARA O TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO JO - Blucher Engineering Proceedings VL - 4 IS - 2 SP - 690 EP - 700 PY - 2017 T2 - IX SBEA + XV ENEEAmb + III FLES AU - , , SN - 23577592 DO - http://dx.doi.org/10.5151/xveneeamb-069 UR - www.proceedings.blucher.com.br/article-details/avaliao-preliminar-da-biodegradao-de-microcistina-em-laboratrio-para-o-tratamento-avanado-de-guas-de-abastecimento-pblico-26739 KW - ER -
Exportar citação - BibTeX(BIB)
Copie a citação abaixo ou clique no botão Download para obter um arquivo com os dados
@article{Malta20144,
title="AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA EM LABORATÓRIO PARA O TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO",
journal="Blucher Engineering Proceedings",
volume="4",
number="2",
pages="690 - 700",
year="2017",
note="",
issn="23577592",
doi="http://dx.doi.org/10.5151/xveneeamb-069",
url="www.proceedings.blucher.com.br/article-details/avaliao-preliminar-da-biodegradao-de-microcistina-em-laboratrio-para-o-tratamento-avanado-de-guas-de-abastecimento-pblico-26739",
author="Janaína Fagundes Malta", "Eloisa Pozzi Gianotti", "Davi Gasparini Fernandes Cunha",
keywords="",
}
Exportar citação - Text(TXT)
Copie a citação abaixo ou clique no botão Download para obter um arquivo com os dados
Janaína Fagundes Malta, Eloisa Pozzi Gianotti, Davi Gasparini Fernandes Cunha, AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA EM LABORATÓRIO PARA O TRATAMENTO AVANÇADO DE ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO, Blucher Engineering Proceedings, Volume 4, 2017, Pages 690-700, ISSN 23577592, http://dx.doi.org/10.5151/xveneeamb-069 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/avaliao-preliminar-da-biodegradao-de-microcistina-em-laboratrio-para-o-tratamento-avanado-de-guas-de-abastecimento-pblico-26739) Palavras-chave:: ;