Outubro 2021 vol. 7 num. 1 - V Congresso de Escolas Médicas

Trabalho Epidemiológico - Open Access.

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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA COBERTURA VACINAL E A OCORRÊNCIA DE SURTOS NO BRASIL ENTRE 2013 E 2019

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA COBERTURA VACINAL E A OCORRÊNCIA DE SURTOS NO BRASIL ENTRE 2013 E 2019

Martins, Bárbara Lopes ; Santana , Vinicius Sousa ; Pidde , Arthur Gomes ; Reis , Gabriel Baeta Branquinho ; Martins, Lucca Lopes ; Baltazar, Luiz Fernando Sposito Ribeiro ;

Trabalho Epidemiológico:

"INTRODUÇÃO: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma estratégia decontrole e prevenção de doenças infectocontagiosas, sendo a cobertura vacinal(CV) um elemento fundamental para se medir os impactos dos programas devacinações na sociedade. A CV é definida como o percentual da populaçãoimunizada a determinada doença, sendo que uma CV alta e homogênea (de pelomenos 95%) é capaz de impedir a transmissão da doença desejada, o que cria umaimunidade populacional. Atualmente, há um movimento antivacinação que ameaçareduzir a CV e, com isso, a imunidade populacional. Dessa forma, a nãovacinação pode resultar em surtos cada vez mais frequentes. OBJETIVOS:Identificar e analisar a redução da cobertura vacinal em diversas doenças erelacionar com o aumento da incidência destas entre 2013 e 2019 no Brasil.MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico de uma série cronológica de dadossecundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e deImunizações obtidos pelo TabNetⓇ e TabWinⓇ e dados de revisões bibliográficas,com banco de dados da SciELO. RESULTADOS: De acordo com os dados obtidos, a CVda D1 da Tríplice Viral caiu de 107,46 em 2013 para 85,83 em 2017,consequentemente, mais de 10 mil casos de sarampo foram confirmados entre 2018e 2019 no Brasil, doença considerada erradicada no país em 2016. Já a CV daFebre Amarela caiu em regiões como Norte (de 90,83 para 66,11), e Centro-Oeste(de 100,31 para 76,25) entre o período estudado, além de não atingirem a metano Sudeste e Sul, que são áreas de recomendação de vacina; com isso, o Brasilregistrou 448 casos de febre amarela silvestre entre dezembro de 2016 e marçode 2017, com 144 óbitos. A CV para poliomielite reduziu de 100,71 para 82,88,enquanto os casos notificados subiram de 430 em 2013 para 520 em 2018, o que éum fato preocupante. Também foram observadas reduções da CV em diversasdoenças como Meningite C (caiu de 99,70 para 86,19 no período), BCG (de 107,42para 83,47), Hepatite B (de 100,56 para 70,24) DTP (de 97,85 para 56,36) e apentavalente (de 95,89 para 70,23).  CONCLUSÃO: Constata-se que há uma relaçãoentre a redução da vacinação e o aumento dos casos de certas doençasinfectocontagiosas. Com isso, a não vacinação pode ser crucial para o aumentodos casos de surtos de doenças transmissíveis, como ocorreu com o sarampo e afebre amarela, de modo que a baixa CV evidenciada dessas outras doenças épreocupante, pois revela a possibilidade de reemergência destas na população."

Trabalho Epidemiológico:

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Palavras-chave: Vacina, surto, imunização,

Palavras-chave: -,

DOI: 10.5151/cesmed2021-14

Referências bibliográficas
  • [1] 1- APS, L. R. de M. M. et al. Eventos adversos de vacinas e as consequências da não vacinação: uma análise crítica. Revista de Saúde Pública, v. 52, p. 40, 2018. 2- BRASIL, Ministério da Saúde. Informações de saúde [monografia na Internet]. Brasília: MS; 2020 [Acesso em: fev. 2020]. Disponível em: http://www.datasus.saude.gov.br 3- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Imunizações: Coberturas Vacinais no Brasil, Período: 2010 – 2014. Brasília, 2015. 4- BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sarampo: monitoramento da situação no Brasil - 2019. Informe Epidemiol [Internet].];45:1-6. [Acesso em: fev. 2020]. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/agosto/01/Informe-Sarampo-n45.pdf 5- CAVALCANTE, K. R. L. J.; TAUIL, P. L. Risco de reintrodução da febre amarela urbana no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 26, p. 617-620, 2017. 6- CHAVES, E. C. R. et al. Avaliação da cobertura vacinal do sarampo no período de 2013-2019 e sua relação com a reemergência no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 38, p. e1982-e1982, 2020. 7- DE MORAES, J. C. et al. Qual é a cobertura vacinal real?. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 12, n. 3, p. 147-153, 2003.
Como citar:

Martins, Bárbara Lopes; Santana , Vinicius Sousa ; Pidde , Arthur Gomes; Reis , Gabriel Baeta Branquinho; Martins, Lucca Lopes ; Baltazar, Luiz Fernando Sposito Ribeiro ; "ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA COBERTURA VACINAL E A OCORRÊNCIA DE SURTOS NO BRASIL ENTRE 2013 E 2019", p. 37-39 . In: Anais do V Congresso de Escolas Médicas. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/cesmed2021-14

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