Trabalho Epidemiológico:

**INTRODUÇÃO:** Em 2002, o programa HIPERDIA foi implementado pelo Ministério da Saúde (MS) com o intuito de cadastrar e assistir os pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM). Esse programa se enquadra na atenção básica de saúde, pois promove a prevenção, identificação e controle dessas patologias, consequentemente possibilitando o acompanhamento do tratamento da HAS e da DM e uma melhor qualidade de vida aos seus pacientes. Assim, se faz necessário a identificação da adesão ao tratamento dessas patologias pelos pacientes cadastrados no programa, para um melhor conhecimento em relação à repercussão do HIPERDIA, em Goiás. **OBJETIVOS:** Examinar a prevalência da adesão ao tratamento de pacientes cadastrados no programa HIPERDIA na Atenção Básica de Saúde, no estado de Goiás. **MÉTODOS: **Este é um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo feito por meio da consulta na base de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A pesquisa incluiu a prevalência dos casos de pessoas cadastradas no programa HIPERDIA em Goiás, por ano, de 2002 a 2013, e por sexo. **RESULTADOS: **O índice de adesão ao tratamento de pacientes cadastrados no programa HIPERDIA foi elevado devido a uma participação de aproximadamente 94% dos inscritos, cerca de 12 a 35 mil inscritos por ano nos anos de 2002 a 2012, sendo acima dos patamares comumente observados em UBSs. O motivo por essa boa adesão foi devido a uma alta acessibilidade geográfica, organizacional e econômica, pela facilidade em adquirir os medicamentos de tratamento da HAS e da DM, do mesmo. Ademais, foi mostrado que a adesão é duas vezes maior no grupo feminino, pela maior preocupação com a própria saúde, em comparação com o grupo masculino. Dessa forma, o programa HIPERDIA do Sistema Único de Saúde (SUS), mostrou ser eficiente tanto pelo número de cadastros, quanto no número de pacientes aderidos ao tratamento. **CONCLUSÃO:** O HIPERDIA representa uma ferramenta essencial para os profissionais da saúde e gestores da atenção básica no enfrentamento dessas doenças. Nesse âmbito, os pacientes hipertensos e diabéticos estão aderindo ao tratamento, mostrando o importante trabalho da equipe de saúde, uma vez que a adesão ao tratamento está relacionada ao vínculo entre profissionais, pacientes, família e comunidade.