Dezembro 2021 vol. 7 num. 3 - IX Congresso Médico Universitário São Camilo

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A RELAÇÃO ENTRE TUBERCULOSE PULMONAR E COVID-19: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

A RELAÇÃO ENTRE TUBERCULOSE PULMONAR E COVID-19: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Crotti, G. P. ; Bassoto, A. F. ; Whitaker, B. S. ; Santos, R. R. ; Ikeda, R. K. ; Barcelos, D. ;

Artigo:

INTRODUÇÃO: A TB é uma das maiores causas de mortalidade no mundo e apesar de redução na sua incidência, permanece um fardo para a saúde pública. A coinfecção Tuberculose (TB)/Coronavírus (CV) pode amplificar uma à outra. Ambas possuem os mesmos sintomas, compartilham fatores de risco e podem induzir profissionais de saúde a negligenciarem a TB como diagnóstico diferencial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados PubMed, com os descritores “Pulmonary Tuberculosis”, “Covid-19” e “Coinfection” unidos pelo operador booleano AND. Foram selecionados 18 artigos após critérios de inclusão e exclusão. OBJETIVOS: Esse trabalho objetiva identificar possíveis relações entre a Tuberculose Pulmonar e Covid-19. RESULTADOS: Pacientes com TB são vulneráveis e apresentam maior letalidade em coinfecção. Contudo, a resposta inflamatória de ambas é distinta, enquanto a TB evita a superestimulação do sistema imunológico, o CV apresenta uma resolução mais agressiva. Ambas estimulam as mesmas citocinas inflamatórias e a somatória das repostas imunes contra elas leva ao acúmulo exacerbado de células inflamatórias pulmonares, à necrose e promove uma tempestade de citocinas. Indivíduos com história prévia de TB apresentam cicatrizes da fibrose pulmonar, que tornam as vias aéreas propensas à infecção por CV, além de possibilidade de pior prognóstico. A TB ativa aumenta a probabilidade de COVID-19 grave devido à grande quantidade de células imunes encontradas nos pulmões. Outro dado é que a utilização de imunossupressores deve ser feita com cautela em paciente graves com CV, pois compromete a intensidade da resposta imune. Em indivíduos já coinfectados, a resposta deficiente compromete a integridade do granuloma, favorecendo a reativação. O uso por pessoas infectadas apenas pelo CV facilita a infecção por patógenos oportunistas, semelhante à TB. Os dados sobre a letalidade da coinfecção não são concretos, entretanto, em estudos prévios, a coinfecção foi controlável e a letalidade variou entre 5% a 11,6%. Outros autores descreveram que, 53% dos pacientes que apresentaram CV, previamente foram diagnosticados com TB, em 18% a infecção era simultânea e a grande maioria apresentava TB ativa. CONCLUSÃO: A associação TB e CV deve ser observada atentamente, visto o conhecimento prévio de coinfecção entre essas condições e além de que mais estudos nesta área são necessários.

Artigo:

INTRODUÇÃO: A TB é uma das maiores causas de mortalidade no mundo e apesar de redução na sua incidência, permanece um fardo para a saúde pública. A coinfecção Tuberculose (TB)/Coronavírus (CV) pode amplificar uma à outra. Ambas possuem os mesmos sintomas, compartilham fatores de risco e podem induzir profissionais de saúde a negligenciarem a TB como diagnóstico diferencial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados PubMed, com os descritores “Pulmonary Tuberculosis”, “Covid-19” e “Coinfection” unidos pelo operador booleano AND. Foram selecionados 18 artigos após critérios de inclusão e exclusão. OBJETIVOS: Esse trabalho objetiva identificar possíveis relações entre a Tuberculose Pulmonar e Covid-19. RESULTADOS: Pacientes com TB são vulneráveis e apresentam maior letalidade em coinfecção. Contudo, a resposta inflamatória de ambas é distinta, enquanto a TB evita a superestimulação do sistema imunológico, o CV apresenta uma resolução mais agressiva. Ambas estimulam as mesmas citocinas inflamatórias e a somatória das repostas imunes contra elas leva ao acúmulo exacerbado de células inflamatórias pulmonares, à necrose e promove uma tempestade de citocinas. Indivíduos com história prévia de TB apresentam cicatrizes da fibrose pulmonar, que tornam as vias aéreas propensas à infecção por CV, além de possibilidade de pior prognóstico. A TB ativa aumenta a probabilidade de COVID-19 grave devido à grande quantidade de células imunes encontradas nos pulmões. Outro dado é que a utilização de imunossupressores deve ser feita com cautela em paciente graves com CV, pois compromete a intensidade da resposta imune. Em indivíduos já coinfectados, a resposta deficiente compromete a integridade do granuloma, favorecendo a reativação. O uso por pessoas infectadas apenas pelo CV facilita a infecção por patógenos oportunistas, semelhante à TB. Os dados sobre a letalidade da coinfecção não são concretos, entretanto, em estudos prévios, a coinfecção foi controlável e a letalidade variou entre 5% a 11,6%. Outros autores descreveram que, 53% dos pacientes que apresentaram CV, previamente foram diagnosticados com TB, em 18% a infecção era simultânea e a grande maioria apresentava TB ativa. CONCLUSÃO: A associação TB e CV deve ser observada atentamente, visto o conhecimento prévio de coinfecção entre essas condições e além de que mais estudos nesta área são necessários.

Palavras-chave: Pulmonary Tuberculosis, Covid-19, Coinfection,

Palavras-chave: Pulmonary Tuberculosis, Covid-19, Coinfection,

DOI: 10.5151/comusc2021-14

Referências bibliográficas
  • [1] .
Como citar:

Crotti, G. P.; Bassoto, A. F.; Whitaker, B. S.; Santos, R. R.; Ikeda, R. K.; Barcelos, D.; "A RELAÇÃO ENTRE TUBERCULOSE PULMONAR E COVID-19: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.", p. 248-260 . In: Anais do IX Congresso Médico Universitário São Camilo.. São Paulo: Blucher, 2021.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/comusc2021-14

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