Blucher Medical Proceedings
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A Intervenção dos Músicos do Elo em um Centro de Hemodiálise. uma Experiência Humanizadora de Êxito.
A Intervenção dos Músicos do Elo em um Centro de Hemodiálise. uma Experiência Humanizadora de Êxito.
Hoffmann, Thiago dos Reis; Fabro, Wilson Brisola; Camargo, Leilianne Teixeira; Flusser, Victor; Santoro, Luiz Fernando; Almeida, Fernando Antonio de; Almeida, Fernando Antonio de
Resumo:
INTRODUÇÃO: a doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentando altos índices de morbidade e mortalidade, perdas substanciais de anos de vida produtiva e gastos para o sistema de saúde. em seu estadio terminal a vida só é mantida por terapia renal substitutiva (TRS). Hoje há no Brasil mais de 95.000 indivíduos em TRS, 90% deles submetidos a três sessões semanais de hemodiálise (HD). Além dos sintomas próprios da doença, os indivíduos com DRC convivem com inúmeras adaptações pessoais, familiares e sociais, comprometendo o estado emocional e a qualidade de vida (QV). a doença incurável e a proximidade da morte produzem complexos transtornos psicológicos, num ciclo de acontecimentos negativos que permeiam suas vidas e de seus familiares. a proposta de trabalho dos Músicos do Elo em ambiente hospitalar é fundamentalmente humanizadora e enriquece os cuidados dirigidos aos pacientes, familiares e funcionários. Os músicos fazem um curso de especialização de um ano onde são capacitados a entender e respeitar as características do ambiente hospitalar onde atuam. por ser uma experiência exitosa em vários centros europeus de cuidados à saúde, entendemos que a atuação dos Músicos do Elo viria ao encontro das necessidades dos pacientes em HD. OBJETIVOS: Avaliar as repercussões da presença dos Músicos do Elo durante uma das sessões semanais de HD sobre a sensação subjetiva de bem estar dos pacientes, sobre a QV e parâmetros de depressão. MÉTODOS: Participaram do estudo 24 pacientes que realizam hemodiálise há mais de 6 meses. Destes, 12 formaram o grupo controle (sem intervenção) e 12 pacientes sofreram a intervenção dos Músicos do Elo, por 5 meses, nas sessões regulares de HD aos sábados. Avaliamos a QV pelo questionário Kidney Disease and Quality of Life – Short Form (KDQOL-SF™) – v.1.3 e o estado de depressão pela escala de Hamilton. Foi aplicado aos pacientes um questionário aberto para avaliar os efeitos da intervenção e os resultados submetidos à análise temática e à técnica de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo (Lefrève). RESULTADOS: Encontramos excelente receptividade, participação e comprometimento dos pacientes e engajamento dos funcionários ao trabalho dos Músicos do Elo. Houve melhora da QV global (59 vs 65, onde zero é o pior possível e 100 o melhor possível) e, em particular, nos seguintes domínios: disposição para o trabalho (17 vs 33), percepção de encorajamento do pessoal técnico do centro (67 vs 92), limitações emocionais (47 vs 72) e sono (62 vs 69). no grupo intervenção o número de pacientes com critérios de depressão moderada/grave reduziu de 10/12 para 6/12 (p Andlt; 0,05, X2). CONCLUSÕES: a intervenção foi muito bem aceita por pacientes e funcionários do centro de hemodiálise. a presença dos músicos afasta os pacientes da condição de preocupação, ansiedade e dependência da máquina e resgata sentimentos positivos e harmoniosos de experiências anteriores, criando uma atmosfera de trabalho acolhedora e de confiança. Esta ação humanizadora no ambiente da hemodiálise resulta em melhora das condições psicológicas, da percepção de bem estar e da QV dos pacientes. Veja o vídeo com a atuação dos músicos em: http://vimeo.com/43105902
INTRODUÇÃO: a doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentando altos índices de morbidade e mortalidade, perdas substanciais de anos de vida produtiva e gastos para o sistema de saúde. em seu estadio terminal a vida só é mantida por terapia renal substitutiva (TRS). Hoje há no Brasil mais de 95.000 indivíduos em TRS, 90% deles submetidos a três sessões semanais de hemodiálise (HD). Além dos sintomas próprios da doença, os indivíduos com DRC convivem com inúmeras adaptações pessoais, familiares e sociais, comprometendo o estado emocional e a qualidade de vida (QV). a doença incurável e a proximidade da morte produzem complexos transtornos psicológicos, num ciclo de acontecimentos negativos que permeiam suas vidas e de seus familiares. a proposta de trabalho dos Músicos do Elo em ambiente hospitalar é fundamentalmente humanizadora e enriquece os cuidados dirigidos aos pacientes, familiares e funcionários. Os músicos fazem um curso de especialização de um ano onde são capacitados a entender e respeitar as características do ambiente hospitalar onde atuam. por ser uma experiência exitosa em vários centros europeus de cuidados à saúde, entendemos que a atuação dos Músicos do Elo viria ao encontro das necessidades dos pacientes em HD. OBJETIVOS: Avaliar as repercussões da presença dos Músicos do Elo durante uma das sessões semanais de HD sobre a sensação subjetiva de bem estar dos pacientes, sobre a QV e parâmetros de depressão. MÉTODOS: Participaram do estudo 24 pacientes que realizam hemodiálise há mais de 6 meses. Destes, 12 formaram o grupo controle (sem intervenção) e 12 pacientes sofreram a intervenção dos Músicos do Elo, por 5 meses, nas sessões regulares de HD aos sábados. Avaliamos a QV pelo questionário Kidney Disease and Quality of Life – Short Form (KDQOL-SF™) – v.1.3 e o estado de depressão pela escala de Hamilton. Foi aplicado aos pacientes um questionário aberto para avaliar os efeitos da intervenção e os resultados submetidos à análise temática e à técnica de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo (Lefrève). RESULTADOS: Encontramos excelente receptividade, participação e comprometimento dos pacientes e engajamento dos funcionários ao trabalho dos Músicos do Elo. Houve melhora da QV global (59 vs 65, onde zero é o pior possível e 100 o melhor possível) e, em particular, nos seguintes domínios: disposição para o trabalho (17 vs 33), percepção de encorajamento do pessoal técnico do centro (67 vs 92), limitações emocionais (47 vs 72) e sono (62 vs 69). no grupo intervenção o número de pacientes com critérios de depressão moderada/grave reduziu de 10/12 para 6/12 (p Andlt; 0,05, X2). CONCLUSÕES: a intervenção foi muito bem aceita por pacientes e funcionários do centro de hemodiálise. a presença dos músicos afasta os pacientes da condição de preocupação, ansiedade e dependência da máquina e resgata sentimentos positivos e harmoniosos de experiências anteriores, criando uma atmosfera de trabalho acolhedora e de confiança. Esta ação humanizadora no ambiente da hemodiálise resulta em melhora das condições psicológicas, da percepção de bem estar e da QV dos pacientes. Veja o vídeo com a atuação dos músicos em: http://vimeo.com/43105902
Palavras-chave:
DOI: 10.5151/medpro-cihhs-10192
Como citar:
Hoffmann, Thiago dos Reis; Fabro, Wilson Brisola; Camargo, Leilianne Teixeira; Flusser, Victor; Santoro, Luiz Fernando; Almeida, Fernando Antonio de; Fernando Antonio de Almeida; "A Intervenção dos Músicos do Elo em um Centro de Hemodiálise. uma Experiência Humanizadora de Êxito.", p-12-12.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, vol.1, num.2].
São Paulo: Blucher,
2014.
ISSN 23577282,
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10192
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Thiago dos Reis Hoffmann, Wilson Brisola Fabro, Leilianne Teixeira Camargo, Victor Flusser, Luiz Fernando Santoro, Fernando Antonio de Almeida, Fernando Antonio de Almeida, A Intervenção dos Músicos do Elo em um Centro de Hemodiálise. uma Experiência Humanizadora de Êxito., Blucher Medical Proceedings, Volume 1, 2014, Pages 12-12, ISSN 23577282, http://dx.doi.org/10.5151/medpro-cihhs-10192 (www.proceedings.blucher.com.br/article-details/a-interveno-dos-msicos-do-elo-em-um-centro-de-hemodilise-uma-experincia-humanizadora-de-xito-9433) Palavras-chave:: ;